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Sobrevivente de Auschwitz devolve condecoração e critica extrema-direita da Alemanha

Em ato simbólico, Albrecht Weinberg destacou crescente aliança entre partidos moderados e extremistas

Por Da Redação
30 jan 2025, 18h22

Albrecht Weinberg, um dos últimos sobreviventes do campo de concentração de Auschwitz, anunciou que devolverá sua medalha da Ordem do Mérito na Alemanha, recebida em 2017, em protesto à recente aliança política entre os conservadores da União Democrata Cristã (CDU) e o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD). A decisão vem após uma votação no Parlamento alemão, na quarta-feira, 29, que aprovou uma moção anti-imigração.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Weinberg expressou indignação com o resultado da votação e disse que a aliança no Parlamento o fez lembrar da ascensão do regime nazista nos anos 1930. “Eles não aprenderam nada com a Segunda Guerra Mundial?”, questionou.

Weinberg, que completará 100 anos em março, passou mais de seis décadas nos Estados Unidos antes de retornar à Alemanha. Desde sua volta, tem dedicado sua vida a educar as novas gerações sobre os horrores do regime nazista, compartilhando sua experiência pessoal e as tragédias vividas por sua família.

O fotógrafo Luigi Toscano, amigo de Weinberg e responsável pelo projeto “Lest We Forget”, que documentou as histórias de 400 sobreviventes do Holocausto, também decidiu devolver sua condecoração em protesto.

Após a Segunda Guerra Mundial, os partidos moderados tradicionais da Alemanha sempre mantiveram uma linha de rejeição à cooperação com a extrema-direita, o que ficou conhecido como “cordão sanitário”. No entanto, a recente aliança da CDU com a AfD para aprovar a proposta sobre imigração gerou amplas críticas, sendo vista por muitos como uma quebra desse princípio.

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A ex-chanceler Angela Merkel foi uma das primeiras a condenar a postura, reforçando que nunca deveria haver qualquer colaboração com a AfD, mesmo que “acidentalmente”, como argumentou o líder da CDU, Friedrich Merz.

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A votação de quarta-feira no Bundestag, que marcou uma virada na campanha eleitoral da Alemanha antes da votação de 23 de fevereiro, ocorreu horas antes das comemorações do 80º aniversário da libertação do campo de Auschwitz.

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