Senado dos EUA aprova prorrogar fundo a vítimas do 11/9 até 2090
Recursos são destinados a socorristas e feridos durante ataques; congressistas estimam que US$ 10 bilhões serão pagos na próxima década
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira 23, por ampla maioria, um projeto para prorrogar até 2090 os fundos destinados a socorristas e feridos nos ataques de 11 de setembro.
A medida, que prevê bilhões de dólares em fundos, já passou pela Câmara dos Representantes e agora deve ser assinada pelo presidente Donald Trump.
O Fundo de Compensação às Vítimas do 11 de Setembro cobre as despesas médicas dos feridos e dos socorristas que ajudaram nos resgates das vítimas e na limpeza dos escombros.
A iniciativa foi criado logo após os ataques, em 2001. O governo americano já destinou 7,3 bilhões de dólares para as compensações, que foram pagas para 21.000 pessoas. Há ainda 19.000 casos a serem analisados de pessoas que solicitaram receber o auxílio, segundo a rádio NPR.
Em 2006, o Congresso reativou o fundo. A distribuição das compensações, contudo, estava prevista somente até 2020.
Nos últimos anos, socorristas afetados e os familiares dos que já morreram foram ao Congresso pedir aos legisladores que prorrogassem o financiamento. O projeto de lei atual estende a compensação por décadas e permite a distribuição das “somas que sejam necessárias”.
Os congressistas destinaram desta vez um orçamento federal de 10,2 bilhões de dólares para o fundo para a próxima década.
O senador Chuck Schumer, de Nova York, descreveu esta terça como “um dia de alívio” para os socorristas, depois de passarem anos pedindo que os fundos fossem reautorizados.
“Graças a Deus essas desculpas e esses atrasos terminam hoje para sempre e nossos socorristas podem ir para casa para cuidar da própria saúde”, disse Schumer.
Acredita-se que até 80.000 pessoas – incluindo bombeiros, policiais, equipes de emergência, empreiteiros e pessoal de limpeza – ajudaram as vítimas após os ataques de 11 de setembro em Nova York e na Virgínia.
Muitas dessas pessoas se expuseram a detritos tóxicos no ar, incluindo amianto, chumbo e concreto pulverizado. Além disso, outras 400.000 pessoas foram supostamente expostas a substâncias tóxicas ou sofreram ferimentos com a queda das Torres Gêmeas em Nova York.
A senadora Kirsten Gillibrand indicou que 10.000 pessoas foram diagnosticadas com cânceres relacionados com o 11 de setembro.