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Sem prazo, Rússia adia a reabertura do gasoduto Nordstream 1

Durante manutenção, o país afirmou que encontrou falhas em turbinas da rota de abastecimento de gás e cancelou prazo de funcionamento previsto para sábado

Por Vitória Barreto 2 set 2022, 20h37

Depois de afirmar ter encontrado falhas durante a manutenção do gasoduto Nord Stream 1, a Rússia cancelou o prazo, previsto para sábado, 3, da retomada dos fluxos da importante rota de fornecimento de gás para a Alemanha. A decisão desta sexta-feira, 6, aprofundou as dificuldades da Europa em garantir combustível para o  inverno.

O Nord Stream 1, que corre sob o Mar Báltico, deveria voltar a operar às 01:00 GMT no sábado, 3, após uma parada de três dias para manutenção. No entanto, a Gazprom, empresa controlada pelo estado Russo, disse que não poderia reiniciar o funcionamento do gasoduto com segurança até que consertasse um vazamento de óleo encontrado em uma turbina vital.

+Rússia desliga gasoduto Nord Stream 1, alegando manutenção

A empresa de energia Siemens, que normalmente atende turbinas Nord Stream 1, disse que este vazamento não deveria impedir a operação do duto. Além disso, afirmou  que a estação de compressão de Portovaya — onde o vazamento foi descoberto— tem outras turbinas para o Nord Stream, ou seja, a máquina poderia continuar a funcionar.

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Moscou  culpou as sanções impostas pelo Ocidente, depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, por dificultar as operações de manutenção do Nord Stream 1. Bruxelas afirma que isto é um pretexto e a Rússia usa o gás como arma econômica para retaliar.

Michael Roth, presidente do comitê parlamentar alemão de relações exteriores disse em um Tweet, “Isso faz parte da guerra psicológica da Rússia contra nós”. 

O porta-voz da Comissão Europeia Eric Mamer tuitou que a Gazprom agiu sob “pretensões falaciosas” ao encerrar o Nord Stream 1. “Também é uma prova do cinismo da Rússia, que prefere queimar gás em vez de honrar contratos”, acrescentou. 

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Os preços do gás no atacado dispararam 400% desde agosto de 2021, o que prejudicou a indústria e os lares europeus que já sofrem pela crise provocada pela pandemia da COVID-19 e por causa da guerra na Ucrânia.

Entregas reduzidas do Nord Stream e menores fluxos de gás da Ucrânia, estão fazendo com que estados europeus lutem para reabastecer os tanques de armazenamento para o inverno. Muitos dos países estão acionando planos de emergência que podem levar ao racionamento de energia e alimentos.

Os ministros das Finanças do Grupo dos Sete concordaram, nesta sexta-feira, 2,  em colocar um teto de preço nas exportações de petróleo da Rússia. Moscou disse que interromperia as vendas de petróleo para os países que colocassem o limite e afirmou que a medida desestabilizaria os mercados de petróleo, pois o país é o maior exportador mundial de petróleo bruto e combustível combinados.  

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