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Seis soldados da Guiana ficam feridos em confronto com gangue na fronteira da Venezuela

Tiroteio teve palco no Rio Cuyuni, Essequibo, região em disputa entre os países

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 fev 2025, 13h38

A Força de Defesa da Guiana  anunciou nesta segunda-feira, 17, que seis soldados ficaram feridos após um confronto com uma suposta gangue venezuelana na fronteira entre os países. O tiroteio teve palco no Rio Cuyuni, Essequibo, região rica em petróleo em disputa entre ambas as nações.

Em comunicado, o Exército da Guiana afirmou que um transporte de suprimentos foi emboscado por membros de um “sindicato”, termo usado por gangues na região, a caminho da base principal em Eteringbang e Makapa.

“Após a troca de tiros, os agressores recuaram, mas não antes de vários membros das forças de segurança sofrerem ferimentos de bala”, disse a nota, acrescentando que novas tropas foram “mobilizadas para reforçar sua presença na área”.

O confronto ocorreu no 59º aniversário da assinatura do Acordo de Genebra, de 1966, quando a Guiana ainda não era independente. Na ocasião, Venezuela e Reino Unido reconheceram que havia uma disputa territorial na região, mas que seria resolvida de “maneira satisfatória para todas as partes”. A Guiana, por sua vez, rejeita o pacto e demanda à Corte Internacional de Justiça (CIJ) o reconhecimento de uma sentença que estabelece as fronteiras anuladas há quase seis décadas.

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Anexação de Essequibo

Em abril do ano passado, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, promulgou uma lei que criou uma província venezuelana em Essequibo, território reconhecido internacionalmente como parte da Guiana. A anexação da região começou a ser discutida em 2023 e foi mais um motivo de tensão entre o país sul-americano e os Estados Unidos. O Brasil chegou a mediar um encontro entre os líderes de Venezuela e Guiana sobre o assunto.

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A chamada Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo conta com 39 artigos. Eles regulamentaram a fundação da “Guiana Essequiba”, maneira que os venezuelanos chamam o local. Em 2023, Maduro realizou um referendo para tratar do tema e 95% dos eleitores do país foram a favor da incorporação da região. O artigo 25 impede que apoiadores do governo da Guiana ocupem cargos públicos ou disputem cargos eletivos. A lei também proíbe que seja divulgado um mapa da Venezuela sem a inclusão de Essequibo.

Na época, Maduro afirmou que a nova legislação será cumprida ao “pé da letra” e que “o tempo da dominação colonial, o tempo da subordinação na Venezuela acabou para sempre”. Essequibo corresponde a dois terços do território guianense e é uma região rica em petróleo, gás, ouro e diamantes, apesar de ser uma área composta por selva densa.

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