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Rússia planeja invadir Kiev em ‘guerra-relâmpago’, diz Boris Johnson

Declarações de premiê britânico foram feitas poucas horas depois de principal aliança militar ocidental anunciar envio de forças extras à região

Por Redação Atualizado em 25 jan 2022, 12h43 - Publicado em 25 jan 2022, 08h35

Uma invasão da Rússia à Ucrânia seria “dolorosa, violenta e sangrenta”, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na segunda-feira, 24, alertando que Moscou já reuniu um número suficiente de tropas perto de território ucraniano para uma “guerra-relâmpago”, na qual tentaria tomar Kiev.

Johnson afirmou que há cerca de 60 unidades militares russas perto das fronteiras com a Ucrânia, o que descreveu como evidência de um “plano para uma guerra-relâmpago que pode tomar Kiev”.

“Este seria um passo desastroso”, afirmou. Para Moscou, qualquer invasão será “dolorosa, violenta e sangrenta. Acredito ser importante que as pessoas na Rússia entendam”.

As declarações do premiê britânico foram feitas poucas horas depois de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental, anunciar envio de forças extras e navios e jatos à região. De acordo com a aliança, o objetivo é intensificar suas presença de “dissuasão” na área do Mar Báltico e diversos membros da organização de 30 países oferecem tropas e equipamentos.

Mais tarde na segunda-feira, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmou que cerca de 8.500 soldados americanos foram colocados em alerta para um possível envio ao leste da Europa, em um esforço para tentar conter o aumento de tropas da Rússia na fronteira com a Ucrânia.

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Em resposta, o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Alexander Grushko, condenou a decisão da Otan, dizendo que a aliança militar está “demonizando a Rússia” para “justificar atividades militares no flanco oriental”.

“A linguagem da otan é a linguagem de ameaças e pressão militar”, disse. “Isso não é nada novo”.

A possibilidade de envio de tropas de Washington e o anúncio de envio de equipamentos militares da Otan acontece em meio aos temores ocidentais de que possa haver uma escalada iminente na crise. Apesar de negociações entre representantes americanos e russos, diferenças significativas ainda persistem.

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O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma adesão terá consequências graves. A Otan, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da Otan e pela Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira com a Ucrânia para preparar um ataque.

Os Estados Unidos ameaçam a Rússia, prometendo uma “forte resposta” caso o exército russo invada a Ucrânia. Moscou, do outro lado, negou planos de invadir o país vizinho, mas há intensa movimentação militar na região.

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As avaliações mais recentes da inteligência dos EUA colocam mais de 50 grupos táticos russos enviados dentro e nos arredores da fronteira com a Ucrânia, enquanto a avaliação mais recente do Ministério da Defesa ucraniano diz que a Rússia já enviou mais de 127.000 soldados à região.

Se a invasão de fato acontecer, não será a primeira vez que a Rússia assume o controle de uma região da Ucrânia. Em 2014, o governo de Moscou anexou a Crimeia. A presença de mais de 100 mil soldados russos na fronteira disparou o alarme da Otan, que afirma que o risco de um novo conflito na região é real.

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