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Rússia não tem nada a ganhar e tudo a perder, diz Boris Johnson

Primeiro-ministro britânico diz que Europa não pode ser chantageada por Putin; Kamala Harris, vice-dos EUA promete sanções econômicas inéditas a Moscou

Por Larissa Quintino Atualizado em 19 fev 2022, 09h43 - Publicado em 19 fev 2022, 09h38

O aumento de tensões no leste europeu, com o risco de invasão da Rússia a Ucrânia, é o tema da Conferência de Segurança de  Munique, que reúne neste sábado, 19, dezenas de líderes mundiais, que apelam por uma solução diplomática para evitar uma guerra no leste europeu. Segundo o primeiro ministro britânico, Boris Johnson este é o “último momento” para que o Kremelin sente para conversar e reveja a invasão.

Em tom mais ameaçador, ele afirmou que a Rússia “não teria absolutamente nada a ganhar com esse empreendimento catastrófico e tudo a perder”.  Segundo Johnson,  as sanções econômicas serão severas. “Não devemos subestimar a gravidade do que está em jogo. Nós (principais países do Ocidente) nos unimos para criar um pacote de sanções muito severas. Estamos preparando por meio da União Europeia. Se a Rússia invadir seu vizinho vamos fazer sanções a empresas importantes de lá. Faremos com que eles não tenham acesso a dinheiro, principalmente por meio do mercado de Londres”.  Pouco antes, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, afirmou que caso a invasão se confirme, os países da Otan irão propor sanções “sem precedentes” à Rússia.  “Vamos mirar nas instituições financeiras e nas principais indústrias. Estamos prontos para responder”, disse.

Enquanto os líderes mundiais pedem que Vladimir Putin sente e converse sobre uma saída democrática e falam sobre sanções, ele lançou nesse sábado, 18, exercícios militares estratégicos envolvendo mísseis balísticos em meio à tensão crescente.

Tensão

Johnson disse que a Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) não pode permitir que a Rússia chantageie a Europa utilizando fontes de energia como óleo e gás. “A manipulação do suprimento de gás europeu não pode ser ignorada. Devemos garantir, ao fazer pleno uso de suprimentos e da tecnologia, que tornaremos as ameaças da Rússia redundantes”.

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O chanceler alemão Olaf Scholz também discursou e, assim como os colegas, falou em sanções econômicas. “A atitude teria custos políticos, econômicos e geoestratégicos. Não há justificativa para haver mais de 100 mil tropas russas na fronteira”, disse o líder do governo alemão.

Na sexta-feira, o presidente americano Joe Biden afirmou que Putin está decidido a invadir a Ucrânia. Ele confirmou ainda que o país irá atacar Kiev, a capital ucraniana, nos próximos dias. “Temos motivos para acreditar que as forças russas atacarão nos próximos dias, especificamente a capital ucraniana de Kiev “, afirmou.

 

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