Rússia e China concordam em expandir parcerias de segurança
Autoridade próxima ao presidente Vladimir Putin descreveu cooperação com Pequim como uma das principais metas da política externa do país
O secretário do Conselho de Segurança Nacional da Rússia, Nikolai Patrushev, declarou nesta segunda-feira, 19, que o Kremlin planeja fortalecer os laços com a China.
Em visita à China, o funcionário do alto escalão do governo russo descreveu a cooperação estratégica com Pequim como uma prioridade incondicional da política externa de Moscou.
O gabinete de Patrushev disse em um comunicado após as negociações na cidade de Nanping que as partes concordaram em “expandir as trocas de informações sobre o combate ao extremismo e tentativas estrangeiras de minar a ordem constitucional de ambos os países”.
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As autoridades chinesas e russas também enfatizaram a necessidade de expandir a cooperação em segurança cibernética.
O presidente russo, Vladimir Putin, se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping, na semana passada no Uzbequistão, o primeiro encontro dos líderes desde a invasão russa na Ucrânia no final de fevereiro.
Uma declaração do governo chinês emitida após a reunião não mencionou especificamente a Ucrânia, mas disse que Xi prometeu “forte apoio” aos “interesses centrais” da Rússia.
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A declaração não deu detalhes, mas Pequim usa “interesses centrais” para descrever questões como a soberania nacional e a reivindicação do Partido Comunista a Taiwan, sobre a qual está disposto a entrar em guerra.
O governo de Xi se recusou a criticar as ações militares da Rússia e aumentou as importações de petróleo e gás russos, ajudando Moscou a compensar as sanções ocidentais impostas por suas ações na Ucrânia.
No domingo, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse em entrevista à emissora americana CBS, que o presidente chinês Xi Jinping estaria cometendo um “erro gigantesco” ao violar as sanções contra a Rússia.
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Biden alegou ter conversado ao telefone com o líder chinês após o encontro de Xi Jinping com Putin, durante os Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro, às vésperas do início do conflito em Kiev.
“Eu disse: ‘Se você acha que os americanos e outros continuarão a investir na China com base na violação das sanções que foram impostas à Rússia, acho que está cometendo um erro gigantesco. Mas a decisão é sua'”, afirmou o líder dos EUA.
De acordo com o chefe da Casa Branca, o apelo foi “não para ameaçar” o presidente chinês, mas para alertar sobre as consequências de ignorar as sanções ocidentais.
“Até agora, não há indicação de que eles tenham apresentado armas ou outras coisas que a Rússia queria”, disse Biden sobre a China.