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Rússia bombardeia Ucrânia e fere 10 após Zelensky anunciar tratativas com os EUA

Ataque com 67 mísseis e 194 drones atingiu instalações de produção de energia e gás; Kiev e Washington devem realizar reuniões na próxima semana

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 mar 2025, 08h39 - Publicado em 7 mar 2025, 08h39

A Rússia realizou bombardeios “massivos” contra a infraestrutura energética da Ucrânia, afirmaram autoridades locais nesta sexta-feira, 7, usando 67 mísseis e quase duzentos drones. O ataque veio poucas horas após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciar que vai manter conversas com os Estados Unidos para discutir o fim da guerra em seu país na próxima semana.

O ministro da Energia da Ucrânia, Herman Halushchenko, escreveu em postagem no Facebook que seu país sofreu um ataque de “massivo de mísseis e drones”. Pelo menos 10 pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas, segundo ele. Dos dispositivos disparados, a Força Aérea conseguiu derrubar 34 mísseis e 100 drones – outros 10 mísseis não atingiram seus alvos e 86 drones sumiram dos radares.

“A Rússia está tentando prejudicar os ucranianos comuns atacando instalações de produção de energia e gás, sem abandonar seu objetivo de nos deixar sem luz e aquecimento, e causar o maior dano aos cidadãos comuns”, escreveu Halushchenko.

A maior produtora privada de gás do país, DTEK, disse que o bombardeio desta madrugada foi o sexto ataque da Rússia nas últimas duas semanas e meia contra suas instalações. Pela primeira vez, a Ucrânia enviou aviões de guerra franceses, do tipo Mirage-2000, entregues há um mês para ajudar a repelir o ataque, além de usar caças F-16, de fabricação americana, para abater mísseis.

Local resident walk among the debris near a damaged house, a day after a Russian strike on a suburb of Odesa, southern Ukraine on March 7, 2025, amid the Russian invasion of Ukraine. (Photo by Oleksandr GIMANOV / AFP)
Morador local caminha entre os escombros perto de uma casa danificada, um dia após um ataque russo em um subúrbio de Odesa, no sul da Ucrânia. 07/03/2025 – (Oleksandr Gimanov/AFP)
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Ataques à rede elétrica da Ucrânia foram constantes durante a guerra. A destruição reduziu a capacidade de geração de eletricidade, cortou linhas de fornecimento de água e interrompeu sistemas de aquecimento, essenciais durante os meses mais frios do ano, quando a temperatura cai muito abaixo de zero. Autoridades ucranianas acusaram Moscou de “transformar o inverno em uma arma”, com objetivo de corroer o moral dos civis.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, justificou nesta sexta que a infraestrutura energética é um alvo legítimo na guerra, porque está “ligada ao complexo industrial militar da Ucrânia e à produção de armas”. Além disso, o Ministério da Defesa russo informou que suas defesas aéreas derrubaram 39 drones ucranianos durante a noite.

Futuro incerto

Enquanto os sistemas de defesa aérea fornecidos pelo Ocidente são cruciais para a resistência da Ucrânia, a continuidade da assistência dos Estados Unidos é incerta sob o presidente Donald Trump. Dizendo estar determinado a acabar com a guerra, interrompeu a ajuda militar americana para Kiev como uma forma de pressionar Zelensky a negociar.

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Em discurso diário na quinta-feira 6, Zelenskyy afirmou que viajaria para a Arábia Saudita na próxima segunda-feira, 10, para se encontrar com o príncipe herdeiro do país, Mohammed Bin Salman, e sua equipe ficaria no país para manter conversas com autoridades dos Estados Unidos.

O presidente ucraniano acolheu um plano da União Europeia, apresentado em cúpula em Bruxelas na quinta-feira, para reforçar as defesas do continente. Ele expressou esperança de que parte dos novos gastos possa ser usada para fortalecer a própria indústria de defesa da Ucrânia.

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