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Rússia ataca Ucrânia horas após Putin aceitar cessar-fogo proposto por Trump

Cerca de 45 drones atacaram Kiev e a região ao redor da capital durante a noite; trégua proíbe ataques aéreos

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 mar 2025, 08h26 - Publicado em 19 mar 2025, 07h51

A Rússia atacou a Ucrânia com drones kamikazes e mísseis terra-ar S-300 durante a madrugada desta quarta-feira, 19, disseram autoridades ucranianas, horas depois do líder russo, Vladimir Putin, dizer ao seu homólogo americano, Donald Trump, que assinaria um cessar-fogo parcial e temporário que proíbe ataques aéreos.

Trump e Putin conversaram por mais de duas horas na terça-feira, e enquanto o presidente russo rejeitou o pedido de Trump por um cessar-fogo total de 30 dias, com o qual a Ucrânia havia concordado na semana passada durante negociações na Arábia Saudita, a dupla concordou com uma moratória sobre bombardeios a alvos de energia e infraestrutura.

No entanto, logo após o fim do telefonema, sirenes de ataque aéreo soaram em Kiev. Cerca de 45 drones atacaram a região ao redor da capital. Autoridades disseram que várias casas e carros foram danificados em Bucha e outras áreas nas proximidades de Kiev, e duas pessoas ficaram feridas. Na cidade oriental de Sumy, um drone atingiu um hospital, que pegou fogo e exigiu a retirada de mais de 100 pacientes. Em um incidente separado, um civil morreu em uma vila próxima.

“Em muitas regiões, podemos ouvir exatamente o que a Rússia quer”, postou Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano, no Telegram. Em entrevista coletiva ao lado do presidente da Finlândia, Alexander Stubb, em Helsinque, ele acrescentou que “apenas palavras são insuficientes” e pediu “um mecanismo de controle” para policiar o cessar-fogo liderado pelos Estados Unidos.

A Ucrânia também continuou seus ataques com drones de longo alcance contra a Rússia, aparentemente atingindo um depósito de petróleo na região de Krasnodar, no sul do país. O Ministério da Defesa russo alegou ter destruído 57 drones ucranianos, a maioria na região de Kursk, que as forças de Kiev ocuparam nos últimos sete meses mas vêm batendo em retirada.

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Próximos passos

O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, declarou que as negociações para finalizar o acordo entre os dois lados começariam no domingo, 23. “Temos alguns detalhes para resolver, é claro, mas isso começará no domingo em Jeddah (Arábia Saudita), e depois disso passaremos para um cessar-fogo total”, disse ele à emissora americana Fox News.

Inicialmente, a Ucrânia havia proposto um cessar-fogo marítimo e aéreo, mas a delegação dos Estados Unidos nas negociações na Arábia Saudita na semana passada pressionou Kiev, durante oito horas, a concordar com uma trégua total de 30 dias.

Espera-se que Zelensky concorde com o novo cessar-fogo mais limitado, mas na noite de terça-feira, ele disse estar esperando por mais informações de Washington.

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“Acho que será correto termos uma conversa com o presidente Trump e saberemos em detalhes o que os russos ofereceram aos americanos ou o que os americanos ofereceram aos russos. Depois que tivermos detalhes do presidente americano, daremos nossa resposta, a prepararemos e nossa equipe estará pronta para discussões técnicas”, afirmou.

Condições

Na terça-feira, uma declaração do Kremlin confirmou que Putin emitiu uma ordem para os militares russos suspenderem os ataques à infraestrutura energética ucraniana. No entanto, acrescentou que, para concordar com um cessar-fogo total, exigiria que toda a ajuda militar ocidental à Ucrânia, bem como o compartilhamento de inteligência, fosse interrompidos.

Em Helsinque, Zelensky rejeitou a condição. “Acredito que não deve haver concessões na ajuda à Ucrânia. Devemos fortalecer, ao contrário, a ajuda à Ucrânia, porque isso é um sinal de que a Ucrânia está pronta contra quaisquer surpresas dos russos”, disse ele.

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Falando à Fox News após o telefonema, Trump negou que a questão tivesse surgido. “Não, não falamos sobre assistência (a Kiev), na verdade, não falamos sobre ajuda de forma alguma. Falamos sobre muitas coisas, mas a ajuda nunca foi discutida”, disse ele.

Em Moscou, altos funcionários russos sinalizaram sua satisfação com a conversa de Putin com Trump. Kirill Dmitriev, um assessor sênior próximo do presidente russo, escreveu no X: “Agora é oficial – uma decisão PERFEITA.”

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