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Rússia adverte EUA a não darem “passos agressivos” na Venezuela

Em conversa com secretário de Estado americano, chanceler russo diz que ingerência de Washington é 'grosseira violação do direito internacional'

Por Da Redação
Atualizado em 1 Maio 2019, 18h46 - Publicado em 1 Maio 2019, 16h30

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta quarta-feira, 1º, ter advertido o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que haverá graves consequências se os Estados Unidos  continuarem a dar “passos agressivos” em direção da Venezuela. Por comunicado, a chancelaria russa informou que o recado foi dado durante conversa telefônica.

Na nota, o ministério acusa os Estados Unidos de apoiarem a tentativa da oposição venezuelana, liderada por Juan Guaidó, de tomar o poder. Também denuncia “a ingerência de Washington nos assuntos internos de um país soberano e as ameaças a seus dirigentes” como uma “grosseira violação do direito internacional”.

“Só o povo venezuelano tem o direito de determinar seu destino, razão pela qual é necessário um diálogo entre todas as forças políticas do país, que é o que há muito tempo pede o governo”, disse Lavrov, de acordo com o comunicado. “A destrutiva ingerência exterior, mais ainda com o uso da força, não tem nada em comum com os processos democráticos”.

O regime de Nicolás Maduro aliou-se ao governo de Vladimir Putin, que se tornou sua última fonte de financiamento e de apoio militar. Em março, a Rússia enviou aviões e soldados para a Venezuela, sob o argumento de conduzir projeto de cooperação.

A presença russa no país sul-americano é vista com profunda desconfiança por Washington. A embaixada russa na Venezuela, porém, afirmou que o Exército de seu país continua do lado de Maduro e negou que os seus especialistas militares possam intervir nos incidentes que acontecem em Caracas.

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A conversa telefônica aconteceu a pedido de Pompeo, que admitira em Washington a possibilidade de ação militar na Venezuela “se isso for necessário”. Na terça-feira, enquanto ruía o plano de Guaidó de derrubar Maduro, graças ao apoio de comandantes militares e da mobilização popular, Pompeo dissera que um avião estava pronto para levar o líder venezuelano a Cuba. Mas o motor fora desligado por interferência russa. Caracas e Moscou negaram a veracidade da versão.

Segundo o governo de Maduro, o que ocorreu na terça-feira, na Venezuela, foi uma”tentativa de golpe de Estado’ liderada por Guaidó, líder do Parlamento que se autodeclarou presidente interino do país em janeiro.

(Com EFE)

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