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Reino Unido, França e Alemanha se dizem prontos para reimpor sanções ao Irã

Caso a nação do Oriente Médio não retome as negociações sobre seu programa nuclear até o final de agosto, será alvo de novas punições econômicas

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 ago 2025, 14h26 - Publicado em 13 ago 2025, 09h06

O Reino Unido, a França e a Alemanha informaram as Nações Unidas nesta quarta-feira, 13, de que estão prontos para reimpor sanções ao Irã por causa do seu programa nuclear caso a nação do Oriente Médio não retome as negociações até o final de agosto.

Os três países teriam até 18 de outubro para reimpor as sanções através do mecanismo snapback, previsto na resolução das Nações Unidas que ratificou o pacto nuclear de 2015 (do qual o presidente americano, Donald Trump, saiu no primeiro mandato). A maneira como o acordo foi negociado não permite que outros membros do Conselho de Segurança, como Rússia e China, vetem a decisão. A bola está no campo da Europa.

Londres, Berlim e Paris afirmaram ter oferecido uma extensão do prazo para as negociações, mas, segundo eles, o Irã não respondeu.

O parlamentar iraniano Manouchehr Mottaki disse que, caso as sanções sejam reimpostas, Teerã pode deixar o acordo nuclear de 2015, pelo qual o país estava autorizado a manter até 300 quilos de urânio enriquecido a no máximo 3,67% de pureza, limite adequado para fins civis, como geração de energia e pesquisa, mas muito abaixo dos 90% necessários para a fabricação de armas nucleares. Os Estados Unidos e Israel recentemente entraram em guerra aérea contra o Irã, visando suas instalações nucleares, afirmando que a nação persa estava perto de desenvolver uma bomba funcional.

Carta à ONU

O ultimato veio após algumas rodadas de negociações iniciais entre as delegações alemã, francesa, britânica e diplomatas iranianos, realizadas em Istambul, Turquia, no mês passado. Naquele momento, o Irã afirmou estar preparado para novas tratativas, mas somente depois que as sanções já em vigor fossem suspensas e seu direito a um programa nuclear civil fosse preservado em acordo.

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Na carta endereçada às Nações Unidas e ao seu chefe, António Guterres, três ministros das Relações Exteriores — Jean-Noël Barrot, da França, David Lammy, do Reino Unido, e Johann Wadephul, da Alemanha — afirmaram que aplicariam sanções severas ao Irã, a menos que o país concordasse em limitar seu programa nuclear.

“Deixamos claro que, se o Irã não estiver disposto a chegar a uma solução diplomática antes do final de agosto de 2025, ou não aproveitar a oportunidade de uma extensão, o E3 (como o trio de países é conhecido) está preparado para acionar o mecanismo de snapback“, afirmou o texto.

Eles acrescentaram estar comprometidos em usar “todas as ferramentas diplomáticas” para garantir que o Irã não desenvolva uma arma nuclear — algo que Teerã negou ter a intenção de fazer.

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Acordo nuclear

As sanções ao programa nuclear iraniano foram suspensas em 2015, após o Irã assinar um acordo nuclear com Alemanha, Reino Unido, França, Estados Unidos, Rússia e China, estabelecendo limites para suas operações nucleares e permitindo inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de fiscalização das Nações Unidas. O acordo expira em outubro.

Washington abandonou o pacto em 2018, durante o primeiro mandato de Trump. Na época, o presidente alegou que o tratado fez muito pouco para impedir o Irã de abrir um caminho para uma bomba nuclear, reimpondo todas as sanções americanas ao país.

O Irã respondeu por meio de violações crescentes às restrições. Em maio, a AIEA afirmou que a nação acumulava mais de 400 kg de urânio enriquecido a 60% de pureza — bem acima do nível usado para fins civis e próximo ao grau de pureza para armas.

Em junho, o Parlamento iraniano suspendeu a cooperação com a AIEA após as tensões com Israel e os Estados Unidos chegarem ao auge. Tel Aviv lançou ataques ao Irã no mesmo mês, desencadeando uma guerra de 12 dias, e forças americanas bombardearam diversas instalações nucleares no país, encerrando abruptamente uma tentativa de ressuscitar as negociações Washington-Teerã.

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