Reino Unido bane voos do Brasil e outros países sul-americanos
Britânicos querem evitar contaminação por nova cepa de coronavírus; medida se aplicará a partir das 4h desta sexta-feira (horário de Londres)
O governo do Reino Unido baniu todos os voos chegados do Brasil e de uma série de outros países da América do Sul nesta quinta-feira, 14, após a identificação de uma nova variante do coronavírus no Amazonas. A informação foi confirmada a VEJA pela Embaixada britânica no Brasil.
Já se especulava sobre a proibição desde que o primeiro-ministro Boris Johnson admitiu estudar a questão durante uma sessão do Parlamento nesta quarta-feira 13. “Estamos implementando medidas extras para garantir que as pessoas que vêm do Brasil sejam verificadas e, de fato, impedindo as pessoas que vêm do Brasil”, disse Johnson ao ser perguntado sobre medidas imediatas contra a nova variante.
Além do Brasil, o país também proibiu a entrada de viajantes da Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela. Os voos chegados de Portugal e do Cabo Verde também serão banidos, de acordo com a embaixada.
Segundo o ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, os países foram incluíudos na lista “por causa de seus laços estreitos com o Brasil”, devido à nova cepa do coronavírus encontrada na Amazônia.
A restrição não se aplica aos cidadãos britânicos ou passageiros com residência permanente no Reino Unido, porém uma quarentena de 10 dias na sua chegada será obrigatória. A medida valerá a partir das 4h desta sexta-feira (horário de Londres).
No último domingo 10, o governo do Japão afirmou que identificou uma nova variante do coronavírus em quatro pessoas que estiveram no Brasil. Patrick Vallance, o principal consultor científico do Reino Unido, disse que ainda não é possível saber se as vacinas administradas ao redor do mundo atualmente são eficazes contra a cepa.
Segundo o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID, da sigla em inglês), a variante é parcialmente similar às identificadas no Reino Unido e na África do Sul. De acordo com o instituto, no entanto, ainda não há evidência de que essa nova variante seja mais transmissível.