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Rebeldes do Iêmen assumem autoria de ataque a Tel Aviv que matou uma pessoa

Drone com explosivo atingiu prédio residencial a 100 metros da embaixada dos EUA na cidade; autoridades investigam qual foi alvo pretendido

Por Da Redação
19 jul 2024, 09h17

Os hutis do Iêmen, facção islâmica que governa parcialmente o país no Oriente Médio, assumiram, nesta sexta-feira, 19, a autoria de um ataque à cidade de Tel Aviv, em Israel. Segundo o grupo, que como o Hamas recebe apoio logístico e financeiro do Irã, a ofensiva foi uma resposta às ações israelenses na guerra em Gaza.

A explosão de um drone no distrito central da cidade, que abriga uma série de missões diplomáticas, matou um homem de 50 anos e feriu pelo menos outras 10 pessoas com estilhaços, segundo autoridades de emergência e a polícia israelense, após cair em um prédio residencial. O incidente ocorreu a 100 metros da embaixada dos Estados Unidos, que não foi danificada.

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“Estamos em contato estreito com as autoridades israelenses para investigar completamente a origem da explosão e o alvo pretendido”, disse um porta-voz do Departamento de Estado americano.

O porta-voz dos hutis, Yahya Sare’e, disse que a “operação militar significativa” foi realizada com sucesso, com um novo drone capaz de “contornar os sistemas de interceptação do inimigo”.

“Continuaremos a atacar estes alvos em resposta aos massacres do inimigo e aos crimes diários contra os nossos irmãos na Faixa de Gaza”, disse Sare’e. “As nossas operações só cessarão quando a agressão parar e o cerco ao povo palestiniano na Faixa de Gaza for levantado.”

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+ EUA avisam Israel que número de civis morrendo em Gaza segue ‘inaceitável’

Como a poderosa defesa israelense deixou um drone huti passar

Em um comunicado televisionado nesta sexta-feira, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, disse que os militares suspeitam que o drone tenha sido fabricado pelos iranianos, do modelo Samad-3. Além disso, segundo ele, o equipamento foi lançado do território do Iêmen, o que significaria que recebeu melhorias para ampliar seu alcance.

Outro drone foi interceptado fora de Israel no momento do ataque, segundo Hagari, que garantiu que o país está atualizando suas defesas aéreas e aumentando as patrulhas dos céus em suas fronteiras após o incidente. As FDI afirmaram que nenhum alarme ou sirene de ataque foi ativado.

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Segundo a agência de notícias Reuters, o drone chegou a ser detectado por um sistema israelense, mas não foi interceptado devido a “erro humano”. Mas um funcionário militar disse à agência que novas ameaças não são iminentes.

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O ministro da Segurança Nacional, o ultradireitista Itamar Ben Gvir, e o líder da oposição, Yair Lapid, criticaram o governo israelense devido ao ataque. Lapid disse nas redes sociais que o incidente provou que o governo “não é capaz de dar segurança aos cidadãos de Israel”, enquanto Ben Gvir (que nunca teve os pedidos para se juntar ao gabinete de guerra de Benjamin Netanyahu atendido) sugeriu que ele deveria “estar à mesa para determinar as políticas” do país.

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Ataques hutis ao longo da guerra em Gaza

Os rebeldes iemenitas têm realizado ataques desde o início da guerra em Gaza, especialmente contra navios comerciais no Mar Vermelho – segundo a facção islâmica, com objetivo de demonstrar solidariedade ao povo palestino.

Isso suscitou receios de que o conflito no enclave transbordasse para outros países da região, tornando-se uma guerra regional mais ampla, com consequências para o mundo todo. Os ataques dos hutis no Mar Vermelho, por exemplo, forçaram algumas das maiores companhias marítimas e petrolíferas do mundo a suspender o trajeto através de uma das principais artérias comerciais marítimas do planeta.

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