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‘Querem fazer com Kirchner o que fizeram com Lula’, diz governadora

Segundo Alicia Kirchner, acusações são 'parte de manobra' para deixar política fora do cenário eleitoral, como teria sido feito com ex-presidente brasileiro

Por Da Redação Atualizado em 24 ago 2022, 09h24 - Publicado em 23 ago 2022, 18h05

Governadora da província argentina de Santa Cruz, Alicia Kirchner saiu em defesa da cunhada, a vice-presidente Cristina Kirchner, nesta terça-feira, 23, um dia depois de o Ministério Público pedir 12 anos de prisão para a política.

Segundo Alicia, irmã do ex-presidente Néstor Kirchner e ex-ministra do Desenvolvimento Social tanto na presidência dele quanto na da cunhada, as acusações são parte de “uma manobra para deixar a vice-presidente fora da corrida eleitoral”, assim como teriam feito com o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

“Uma parte do Poder Judiciário quer perseguir Cristina como fizeram com Lula e outros. Armam casos sem provas para discipliná-la por trabalhar em benefício do povo. Exigimos o fim da perseguição, vivamos em democracia”, escreveu em suas redes sociais, se somando às duras declarações de perseguição política feitas por Cristina Kirchner nesta terça-feira.

Antes mesmo do pedido de prisão, na segunda-feira, Alicia já havia comparado as acusações contra Cristina ao que descreveu como “o mesmo que ocorreu com Lula, Correa e outros líderes do continente cujos casos e acusações depois foram derrubados”, citando tanto o ex-presidente brasileiro quanto o ex-presidente equatoriano Rafael Correa.

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Durante uma transmissão ao vivo direto do Palácio do Congresso, em Buenos Aires, Cristina usou suas redes para se defender das acusações de associação ilícita e fraudes contra o Estado, chamando o sistema judiciário argentino de corrupto e tendencioso e sugerindo uma suposta perseguição política contra ela.

“Nada do que os promotores disseram foi provado. Ao contrário, muito do que disseram na verdade foi o oposto do que ocorreu”, afirmou Cristina na transmissão, na qual também fez acusações ao braço direito do ex-presidente Mauricio Macri, Nicolás Caputo, mostrando mensagens que provariam uma atuação dele para livrar o ex-mandatário de acusações de corrupção em seu governo.

Na segunda-feira, 22, o procurador Diego Luciani pediu a prisão da política durante o julgamento iniciado em 2019, e que agora entrou em sua fase final. Luciani afirmou se tratar do “maior esquema de corrupção já conhecido no país” e solicitou uma pena de 12 anos de prisão para Kirchner.

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Ela é acusada de ter desviado 46 bilhões de pesos em 51 projetos de infraestrutura na província de Santa Cruz por meio de concessões públicas ao empresário Lázaro Báez, proprietário da construtora Austral Construcciones. Além da ex-presidente e de Báez, entre outros, o ex-ministro das Obras Públicas Julio De Vido também se senta no banco dos réus. 

Como argumentos da suposta fraude, o Ministério Público afirmou que o patrimônio de Báez cresceu 12.000% entre 2004 e 2015 e de sua empresa cresceu 46.000%. Durante as três presidências dos Kirchner, duas de Cristina e uma de Néstor, Báz teve como cliente o Estado e fechou cerca de vinte acordos comerciais particulares com a família Kirchner.

Durante os nove dias de leitura de acusações, Kirchner tentou tirar Luciani do caso, assim como um dos três juízes do tribunal, Rodríguez Giménez Uriburu, citando uma foto divulgada na imprensa que mostra os dois como participantes costumeiros de campeonatos de futebol que o ex-presidente Mauricio Macri, seu rival político, organiza em sua casa de veraneio.

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A sentença será apresentada nos próximos meses, de acordo com a mídia local, embora Cristina ainda possa apelar em instâncias superiores, o que faria com que um veredicto final demorasse possivelmente anos. Mesmo se condenada à prisão, no pior dos casos, ela pegaria prisão domiciliar por sua idade.

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