Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

Quem é o brasileiro-palestino morto em prisão em Israel

Walid Khaled Abdullah Ahmed, 17 anos, foi preso no ano passado na Cisjordânia sob o argumento de que atacou soldados israelenses

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 mar 2025, 15h42 - Publicado em 24 mar 2025, 13h03

O brasileiro-palestino Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, morreu no domingo 23 na prisão de Megiddo, em Israel. O acontecido foi confirmado pela Comissão de Assuntos de Prisioneiros e Detentos Palestinos, parte da Autoridade Palestina.

Ele foi preso na madrugada de 30 de setembro do ano passado na Cisjordânia, onde vivia, sob a acusação de agredir soldados israelenses. O jovem foi transferido para o centro de integração de Huwwara antes de ser colocado em Megiddo, no norte de Israel, com comunicação limitada com seu advogado e família. No momento de sua morte, ainda estava em prisão preventiva.

De acordo com a Autoridade Palestina, autoridades israelenses informaram a comissão sobre a morte de Walid, mas não deram nenhuma explicação sobre como ou por que ele morreu. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas, mas a principal suspeita é de que ocorreu negligência médica. Walid sofria de sarna e disenteria amebiana, de acordo com o Gabinete de Ligação Palestino.

Ainda segundo a Comissão de Assuntos de Prisioneiros e Detentos Palestinos, autoridades israelenses não liberaram o corpo para a família.

Continua após a publicidade

Estima-se que cerca de 6.000 palestinos de origem brasileira vivem na Cisjordânia, território parcialmente ocupado por Israel. O pai de Walid era brasileiro, mas a família morava agora em Silwad, na região de Ramallah.

Além disso, de acordo com a Autoridade Palestina, a morte de Walid aumenta para 63 o número de prisioneiros palestinos mortos em prisões israelenses. Ele foi o primeiro menor de idade no rol, segundo dados da Defesa das Crianças Internacional — Palestina.

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) afirmou que Megiddo, onde Walid estava preso, é “notória pelo uso de tortura com choques elétricos, espancamentos, privação de comida e até uso de cachorros”. De acordo com o jornal israelense Haaretz, não é incomum que detentos sejam despidos, amarrados pelos pés e pelas mãos por dias e privados de comida e cobertores, com vários hospitalizados devido ao abuso.

Desde o início da guerra em Gaza, o governo brasileiro realizou uma série de operações de repatriação de cidadãos. Segundo o Itamaraty, 1.560 brasileiros e familiares próximos foram retirados da região, incluindo Israel, Gaza e Cisjordânia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.