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Quase 10% dos adultos se identificam como LGBT+ nos EUA, que vive onda de restrições

Avanço se dá em momento crítico para políticas progressistas, em meio a decretos e projetos de Donald Trump contra o que chama de 'cultura woke'

Por Redação
Atualizado em 21 fev 2025, 16h52 - Publicado em 21 fev 2025, 16h49

Quase 10% dos americanos se identificam como LGBTQIA+, segundo uma pesquisa da Gallup realizada em 2024 e divulgada nesta quinta-feira, 20. O número, que cresce desde 2012, quando era de cerca de 3%, representa um aumento de dois terços desde 2020. O avanço, no entanto, se dá em um momento crítico para as políticas progressistas do país, em meio a decretos e projetos de Donald Trump contra o que chama de “cultura woke”.

O aumento tem sido mais expressivo entre jovens e mulheres bissexuais, que lideram essa mudança de comportamento. Entre os adultos da Geração Z, grupo de 18 a 27 anos analisado pela Gallup, quase um quarto se declara LGBTQIAPN+, e mais da metade desses jovens se identifica como bissexual. No recorte geral da pesquisa, 1,3% dos entrevistados afirmam ser transgênero, mais do que o dobro dos 0,6% registrados em 2020. A proporção de transgêneros é ainda maior entre a Geração Z, atingindo 4,1%, enquanto entre os millennials (27 a 42 anos) esse número é de 1,7%.

+ Departamento de Saúde dos EUA define que há apenas dois sexos: ‘masculino’ e ‘feminino’

Embora o crescimento da população LGBTQ+ nos Estados Unidos reflita uma maior aceitação, ele se dá em um cenário de desafios. Desde que retornou à Casa Branca, Trump anunciou planos para revogar o financiamento federal destinado a escolas que abordam a “ideologia de gênero” em seus currículos. No campo da educação, ele desmantelou uma política que protegia estudantes transgênero contra discriminação, e, em um movimento adicional, determinou a remoção de recursos sobre questões LGBTQ+ de sites governamentais.  Algumas dessas ações foram barradas na Justiça, mas o impacto do cerco político já é visível.

Na quinta-feira, o secretário da Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., anunciou que o governo adotará “um conjunto de medidas baseadas em sexo” para oferecer termos precisos, como “masculino”, “feminino”, “mulher” e “homem” ao público e a agências federais. A declaração determina que homem é “uma pessoa do sexo caracterizado por um sistema reprodutivo com a função biológica de produzir esperma” e mulher é “uma pessoa do sexo caracterizado por um sistema reprodutivo com a função biológica de produzir óvulos”.

A diretriz tem como pano de fundo o desejo de Trump de afastar mulheres transgênero de esportes femininos, desencorajar tratamentos de reafirmação de gênero e reconhecer apenas o sexo masculino e feminino, na contramão do que considera como política “woke” (termo derivado do verbo to wake, acordar em inglês, relacionado ao progressismo). Após a posse, em 20 de janeiro, o republicano decretou que o governo deveria oferecer “orientações claras” sobre como o público deve interpretar o que é sexo.

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