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Putin terá sucesso se ajuda à Ucrânia for interrompida, dizem EUA

Secretário da Defesa busca angariar apoio para pedido de US$ 106 bilhões de Joe Biden para reforçar auxílio às tropas ucranianas

Por Da Redação
31 out 2023, 17h34

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, alertou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vencerá a guerra travada contra a Ucrânia caso Washington recue no apoio enviado ao governo ucraniano, liderado por Volodymyr Zelensky. Ao lado do secretário de Estado, Anthony Blinken, ele discursou ao Senado sobre o pedido do presidente dos EUA, Joe Biden, de US$ 106 bilhões (cerca de R$ 534 bilhões) para reforçar auxílio às tropas de Kiev.

“Posso garantir que sem o nosso apoio Putin terá sucesso”, disse durante a audiência. “Se puxarmos o tapete deles agora, Putin só ficará mais forte e terá sucesso em fazer o que deseja ao adquirir o território soberano de seu vizinho.”

A Câmara dos Representantes dos EUA enfrenta entraves internos desde setembro deste ano, quando o Legislativo precisava aprovar a legislação orçamentária nacional para o novo ano fiscal americano. Em meio a um racha no Partido Republicano, ultradireitistas desejam um corte de gastos austero, incluindo o fim do envio extra de recursos à Ucrânia.

+ Rússia reforça tropas em Bakhmut para impedir contraofensiva ucraniana

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Às vésperas do prazo máximo para a sanção, o então presidente da corte, Kevin McCarthy, costurou um acordo com os democratas para emitir um projeto de lei provisório, válido até novembro, para impedir o shutdown (algo como desligamento, em português) do governo. Caso os congressistas falhassem em entrar em consenso, agências governamentais teriam suas atividades interrompidas por tempo indeterminado, até que o devido plano orçamentário entrasse em voga.

A empreitada, no entanto, custou o cargo de McCarthy, que foi destituído em 3 de outubro. Após duas candidaturas fracassadas, o republicano Mike Johnson foi eleito na última quarta-feira como porta-voz da Câmara, pondo fim à paralisação da corte, impossibilitada de abrir novas votações durante o vácuo de poder. O recém-chegado, por sua vez, mostra ceticismo sobre o envio de mais dinheiro por não enxergar “qual será o fim do jogo na Ucrânia”.

No momento, o Exército de Moscou está sob pressão na região sul de Kherson, segundo a inteligência britânica. O vice-comandante das forças russas na Ucrânia, Mikhail Teplinsky, assumiu o comando do grupo militar no rio Dnipro, situado na região. Ele procura conter os avanços e expulsar soldados ucranianos do local, de forma a manter o território já ocupado ilegalmente.

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