Protestos da oposição na Venezuela deixam 14 detidos e 34 feridos
Forças de segurança usaram jatos de água, balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação.
O Ministério Público da Venezuela informou neste domingo que apresentará perante diferentes tribunais 14 pessoas que foram detidas durante os protestos opositores de ontem, que também deixaram 34 feridos.
Segundo um comunicado da procuradoria, entre os detidos há um menor de idade e 14 pessoas são investigadas “por sua suposta vinculação com os fatos de violência” registrados na capital venezuelana, além de Aragua e Carabobo. A procuradoria também investiga “dois danos à propriedade pública e outros bens”, entre eles o ataque que um grupo de encapuzados fez à Direção Executiva da Magistratura (DEM), uma instância do Poder Judiciário situada no município de Chacao. A nota informa ainda que há três policiais entre os 34 feridos .
Milhares de opositores tentaram no sábado, pela quarta vez sem sucesso na última semana, marchar até a Defensoria Pública no oeste de Caracas. Seu acesso foi impedido novamente pelas forças de segurança, que usaram jatos de água, balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação.
O governo venezuelano afirmou também na noite do sábado que a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) pretende “iniciar uma escalada terrorista” no país com as manifestações desta semana, algumas das quais se tornaram violentas.
A oposição venezuelana convocou manifestações nesta semana em apoio ao Parlamento, que na quarta-feira iniciou um procedimento contra os juízes que assinaram duas sentenças, já revogadas, nas quais afastavam o Poder Legislativo de suas funções e limitavam a imunidade de seus deputados.
(Com EFE)