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Protestos da oposição em Moçambique terminam com 3 mortos e 66 feridos

Onda de protestos violentos começou em 9 de outubro, quando uma eleição denunciada por fraude deu vitória ao partido que governa o país africano desde 1975

Por Redação 8 nov 2024, 10h08

O Hospital Central de Maputo, maior centro médico de Moçambique, disse nesta sexta-feira, 8, que pelo menos três pessoas foram mortas e 66 ficaram feridas durante confrontos na véspera entre a polícia e manifestantes, que protestavam contra uma suposta fraude na eleição do mês passado que deu vitória ao partido governista.

“Dos 66 feridos, 57 foram possivelmente causados ​​por armas de fogo, quatro ​​por quedas, três foram feridos por agressão física e dois foram feridos por armas brancas”, disse Dino Lopes, diretor do serviço de emergência para adultos do hospital. A maioria das vítimas tinha entre 25 e 35 anos, com outras com apenas 15 anos, acrescentou ele durante uma coletiva de imprensa.

Acusações de fraude

Os protestos de quinta-feira 7 foram os maiores até agora. Mas atos anteriores da oposição, que ocorrem desde o pleito de 9 de outubro já haviam feito pelo menos 18 mortos. Alguns grupos afirmam que o número de vítimas fatais é ainda maior: o Centro de Democracia e Direitos Humanos de Moçambique registrou 34 no total.

No centro da polêmica está o partido Frelimo, que governa o país do sul da África desde 1975 e foi declarado vencedor da eleição do mês passado por uma vitória esmagadora. Grupos da sociedade civil e observadores internacionais avaliaram que a votação não atendeu aos padrões democráticos, e o Conselho Constitucional do país solicitou esclarecimentos à comissão eleitoral sobre discrepâncias na contagem de votos.

Violência policial

Na quinta-feira, milhares de pessoas foram às ruas da capital de Moçambique, Maputo, gritando “A Frelimo deve cair”. Manifestantes fizeram barricadas nas ruas com pneus em chamas e atiraram pedras contra a polícia.

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De acordo com a agência de notícias Reuters, os agentes revidaram disparando armas na direção da multidão, sem apontar diretamente para os manifestantes.

A polícia de Moçambique foi acusada no passado por grupos de direitos humanos de usar munição real, ao invés de balas de borracha, contra manifestantes políticos. O ministro do Interior do país, Pascoal Pedro João Ronda, defendeu a resposta das forças de segurança à onda mais recente de protestos, dizendo que era necessário restaurar a “a lei e a ordem”.

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