Produção de drogas sintéticas cresce na Europa, diz relatório
Novas substâncias estão sendo vendidas e consumidas no continente, em que mais de 350 laboratórios de narcóticos foram descobertos em 2020
O Centro de Monitoramento Europeu para Drogas e Toxicodependência (EMCDDA) informou nesta terça-feira, 14, que a produção de narcóticos está crescendo no continente.
Em seu relatório anual, a agência de drogas da União Europeia também alertou para uma proliferação de novas substâncias psicoativas que estão sendo vendidas e consumidas em países do bloco.
“A produção de drogas sintéticas continua a aumentar na Europa“, apontou o documento, observando que laboratórios ilegais na Europa produzem grandes quantidades de anfetaminas, metanfetaminas e outras drogas sintéticas para consumo local e exportação para outros continentes.
Os dados do relatório confirmam um alerta anterior da instituição, que afirmava que a Europa está se tornando um centro global de narcóticos, e não apenas mais um mercado consumidor. No mês passado, a agência apontou que quantidades recordes de cocaína estavam sendo apreendidas no continente, representando um aumento de 6% em relação ao ano anterior.
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O estudo divulgado nesta terça-feira indicou que novos tipos de drogas estão chegando ao mercado europeu, como a catinona, substância química semelhante à anfetamina, derivada do khat, uma planta tradicionalmente usada na África Oriental e na Península Arábica. Segundo a agência, que relatou o tráfico recorde da cantinona, novos narcóticos “continuam a aparecer na Europa à taxa de um por semana”.
As drogas e os produtos químicos necessários para produzir as substâncias ainda são amplamente importados de outras partes do mundo, incluindo América do Sul e Ásia, mas as organizações criminosas europeias estão estreitando seus laços com cartéis fora do continente em uma tentativa de reduzir os custos de produção e tráfico de drogas, disse o relatório, que se baseia em informações de agências policiais europeias.
Em 2020, mais de 350 laboratórios de drogas sintéticas foram detectados e desmantelados na Europa, informou a instituição, que alegou que ainda não há dados disponíveis sobre o ano passado.
A maioria dos laboratórios de drogas ilícitas desmantelados foram encontrados na Bélgica e na Holanda. Instalações de produção também foram detectadas na República Checa, Polônia, Alemanha e outros países do continente.