Presidente mexicana manda carta ao Google sobre mudança de nome do Golfo do México
Gigante da tecnologia confirmou que seguirá mudança implementada pelo governo de Donald Trump

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, apresentou nesta quinta-feira, 30, uma carta enviada ao Google, após a empresa confirmar que irá alterar o nome do Golfo do México para Golfo da América, seguindo uma mudança implementada pelo governo dos Estados Unidos, sob a nova administração de Donald Trump.
Durante entrevista à imprensa mexicana, Sheinbaum explicou que o conteúdo da carta enviada ao diretor-executivo do Google, Sundar Pinchai, se dá devido à relevância da plataforma a nível global, já que o serviço de mapas e GPS podem ter efeito na comunidade internacional.
Na carta, disse Sheinbaum, o governo mexicano afirma que o nome da área geográfica conhecida como “Golfo do México” tem uma origem histórica amplamente documentada, sendo reconhecido desde o início do século XVII em vários mapas internacionais. A presidente ressaltou ainda que essa nomenclatura foi aceita e usada pela comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, desde sua independência, em 1776.
Segundo nota oficial do Departamento do Interior dos Estados Unidos, a mudança do nome do Golfo do México para Golfo da América reflete a importância econômica e histórica dessa região para os EUA. A área abrange uma vasta extensão de costa, sendo crucial para o comércio, produção de energia e indústrias marítimas do país.
Ao longo da semana, Sheinbaum já havia ponderado que mudanças nos nomes de hidrovias internacionais — o Golfo do México abrange México, EUA e Cuba — devem ser aprovadas por organizações internacionais, não por países unilateralmente. Embora o decreto de Trump altere o nome apenas para os EUA, grandes empresas nacionais podem seguir a nomenclatura, como é o caso do Google.