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Presidente do Senado do Chile rejeita convite para almoço com Bolsonaro

Oposição chilena critica o presidente Sebástian Piñera pela aproximação com o brasileiro; vice-presidente da Casa também descartou encontro

Por EFE Atualizado em 20 mar 2019, 01h39 - Publicado em 19 mar 2019, 19h59

O presidente do Senado do Chile, Jaime Quintana, afirmou nesta terça-feira, 19, ter recusado o convite do líder chileno, Sebastián Piñera, para participar de almoço que será oferecido daqui a quatro dias para o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL).

Quintana, da legenda de centro-esquerda Partido pela Democracia, assumiu o comando do Senado na semana passada. O senador afirmou que participará na quinta-feira, 21, dos atos envolvendo a visita do presidente da Colômbia, Iván Duque, mas que não estará em nenhum evento da programação de Bolsonaro em solo chileno.

“Não estarei sábado em La Moneda, por convicção política e também porque tenho uma agenda regional já confirmada”, disse Quintana, referindo-se ao palácio presidencial chileno, em entrevista publicada pelo jornal La Tercera.

Bolsonaro e Duque participarão, na sexta-feira, em Santiago, de uma reunião de cúpula para abordar a criação de um novo mecanismo de integração na América do Sul, denominado Prosul. Ambos, além disso, aproveitarão a ocasião para fazer um encontro oficial.

Oposição

A visita de Bolsonaro ao Chile, entre os dias 21 e 23, gerou muitas críticas da oposição ao governo de Piñera e de organizações em defesa de minorias, que rejeitam as posições conservadoras do governante brasileiro. O presidente chileno foi um dos chefes de Estado que compareceram na posse do brasileiro, em janeiro.

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O socialista Alfonso de Urresti, vice-presidente do Senado, também recusou o convite para participar da recepção a Bolsonaro, na sede do governo, e ainda destacou que o presidente do Brasil é um “perigo para a democracia”. “É um ultradireitista, que pode provocar muito dano. Meu gesto de desagravo é a Bolsonaro, e não ao povo brasileiro”, afirmou.

O deputado Vlado Mirosevic, da Frente Ampla, de esquerda, tampouco aceitou o convite do governo do Chile e afirmou que o presidente do Brasil é um líder “perigoso para os valores republicanos”. “Fez da discriminação e do ódio a sua política. Ele representa um risco para a democracia. É um mau exemplo para o Chile”, escreveu o parlamentar no Twitter.

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