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Presidente da Câmara dos Comuns do Reino Unido anuncia renúncia

Rainha Elizabeth II aprovou lei que pede adiamento do Brexit se governo não alcançar um acordo aceitável com a União Europeia

Por Da Redação
Atualizado em 9 set 2019, 13h19 - Publicado em 9 set 2019, 13h08

O presidente da Câmara dos Comuns do Reino Unido, John Bercow, anunciou nesta segunda-feira, 9, que renunciará ao cargo no dia 31 de outubro, data prevista, por enquanto, para que o país deixe a União Europeia (UE).

Em discurso diante dos deputados, Bercow disse que, caso o Parlamento vote a favor da convocação de eleições antecipadas nesta segunda, deixará a sua função imediatamente.

“Durante o meu tempo como presidente procurei aumentar a relativa autoridade desta legislatura, que não deve desculpas a ninguém, em nenhum lugar e em nenhum momento”, afirmou Bercow.

O presidente agradeceu aos deputados e demais funcionários da Câmara dos Comuns e foi muito aplaudido pelos demais legisladores, principalmente da oposição ao Partido Conservador. “Foi a maior honra da minha vida”, disse, sobre seu período como líder da Casa.

A saída do Reino Unido da UE está prevista para o dia 31 de outubro. Na semana passada, contudo, os parlamentares aprovaram uma lei para prorrogar o prazo do Brexit se, até 19 de outubro, o governo não alcançar um pacto aceitável com os demais 27 países do bloco.

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A rainha Elizabeth II deu nesta segunda a aprovação real para a medida, que é mais uma derrota para o primeiro-ministro Boris Johnson, defensor ferrenho do Brexit e que apoia a saída da UE no final de outubro com ou sem um pacto.

Após a aprovação da lei que pode adiar mais uma vez o divórcio do Reino Unido com a União Europeia, Johnson expulsou do partido 21 rebeldes conservadores que votaram contra seu governo e perdeu a maioria parlamentar. Também propôs a antecipação das eleições para 15 de outubro, mas sofreu outro fracasso.

O premiê, contudo, apresentou uma nova proposta para a antecipação das eleições, que será votada ainda hoje. Entretanto, é improvável que o Executivo obtenha a maioria de dois terços necessária para aprovar a medida.

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Após a votação desta segunda, o Parlamento entrará em suspensão até 14 de outubro. A paralisação foi anunciada no final de agosto por Johnson. O premiê foi acusado de tentar reduzir o tempo para que os legisladores aprovassem medidas para impedir um Brexit sem acordo.

Apesar das manobras de Johnson, o futuro do Reino Unido segue incerto. Sem maioria no Parlamento, entretanto, é improvável que Johnson consiga concretizar um Brexit em acordo no final de outubro.

A saída de Bercow de seu cargo na Câmara dos Comuns pode significar mais uma derrota para Johnson. Assim que o presidente deixar sua posição, um novo deputado deverá ser eleito para substituí-lo e, agora que o Partido Conservador não possui mais maioria na Casa, é provável que um representante da oposição seja escolhido.

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John Bercow foi uma das figuras políticas mais controversas do processo do Brexit. Muitos acreditam que ele usou de sua posição para dar tratamento preferencial a parlamentares contrários à saída do Reino Unido da UE.

O presidente da Câmara tem como principais funções presidir os debates, determinar quais membros podem falar e manter a ordem. Ao contrário dos líderes das legislaturas em muitos outros países, deve se manter neutro e renunciar a qualquer afiliação com seu partido político ao assumir o cargo. Também não participa dos debates e votações.

(Com EFE e AFP)

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