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Cartas-bomba reavivam clima de ‘terror’ nos EUA

Pacotes com explosivos foram enviados à CNN e a figuras progressistas: Obama, Clintons, Soros e congressista democrata. Prefeito de NY fala em 'terrorismo'

Por Da Redação
Atualizado em 24 out 2018, 20h03 - Publicado em 24 out 2018, 15h49

O envio de uma série de cartas-bomba à rede americana CNN e a figuras do campo progressista reavivou nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, o clima de terror e insegurança no país, dezessete anos depois dos ataques de 11 de setembro e dos casos de envelopes com antraz endereçados a políticos, em 2001.

Foram alvos do envio de pacotes com explosivos o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, do Partido Democrata, a ex-candidata à Presidência Hillary Clinton, também democrata, a congressista pela Flórida Debbie Wasserman Schultz, do mesmo partido, o bilionário George Soros, frequente doador para causas de esquerda, e a sede da CNN em Nova York. O envelope à emissora estava endereçado a John Brennan, ex-diretor da CIA e convidado frequente dos programas da CNN.

Em todos os casos, o artefato foi interceptado pelas forças de segurança e não causou danos.

‘Ato de terror’

Sem aguardar as conclusões da perícia do FBI, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, declarou nesta quarta que o envio de pacotes com explosivos foi uma ação terrorista.

“O que nós vimos aqui hoje foi um esforço para aterrorizar. Isto é claramente um ato de terror, tentando minar nossa liberdade de imprensa e os líderes deste país por meio de atos de violência”, declarou Blasio, pouco depois de o comissário da Polícia de Nova York afirmar ter sido uma “tentativa de disseminar o terror”.

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“O povo de Nova York não será intimidado. É imperativo nos assegurarmos que eles fracassarão”, completou Blasio.

O prefeito sublinhou ser este um “momento doloroso” para os Estados Unidos, mas que passará. Suas declarações foram ecoadas pelo governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, que igualmente qualificou o caso como “terrorismo”. “Não ficaremos surpresos se outros pacotes surgirem”, acrescentou.

Investigação

O caso está sob investigação do FBI e das polícias da capital americana, de Nova York e da Flórida. Os envelopes grandes e amarelos, usados comumente em correspondências nos Estados Unidos, continham bombas feitas com tubos, segundo Bryan Paarmann, agente especial da Divisão de Contraterrorismo do FBI em Nova York. Teriam sido despachados por uma mesma pessoa ou um grupo.

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“Parece que um indivíduo ou indivíduos enviaram múltiplos pacotes similares”, afirmou Paarmann.

Dois pacotes foram enviados para os endereços residenciais da ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton, adversária de Donald Trump na eleição presidencial de 2016, e do financista George Soros, em Nova York.

Outro, com a deputada federal Debbie Schultz como remetente, foi para a sede de Nova York da rede de televisão CNN, para onde também foi enviado um envelope menor com pó branco. O destinatário era o ex-diretor da CIA, John Brennan.

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Outro pacote foi enviado para a casa em Washington do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama. Mais um, endereçado ao ex-secretário de Justiça Eric Holder, também tinha o gabinete na Flórida da deputada Schultz como remetente.

Na tarde desta quarta-feira, um pacote suspeito foi interceptado em uma unidade de correios em Capitol Heights, cidade do Estado de Maryland vizinha à capital americana. Estava endereçado à deputada democrata Maxine Waters, da Califórnia.

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