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Posse de Maduro: ditadura fecha fronteira com Colômbia por ‘conspiração internacional’

Regime fala em suposto plano 'para perturbar a paz dos venezuelanos' em meio a clima de tensão no país

Por Redação Atualizado em 10 jan 2025, 11h18 - Publicado em 10 jan 2025, 08h40

O regime de Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira entre a Venezuela e a Colômbia nesta sexta-feira, 10, horas antes da cerimônia de posse do chavista para seu terceiro mandato de seis anos e em meio a um clima de tensão. A medida foi anunciada por Freddy Bernal, governador do estado de Táchira, que faz fronteira com o território colombiano, que alegou uma suposta “conspiração internacional”.

“Temos informações sobre uma conspiração internacional para perturbar a paz dos venezuelanos”, disse Bernal.

O bloqueio temporário, que continuará em vigor até a próxima segunda-feira, 13, deve afetar agricultores, empresários e cidadãos que dependem da travessia da fronteira para atividades econômicas diárias.

“Temos controle absoluto do Estado”, assegurou Bernal.

Na noite de quinta-feira 9, o chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo, reiterou a posição diplomática do país em relação à posse de Maduro, dizendo em um discurso que os resultados eleitorais fraudulentos no país vizinho não serão reconhecidos. No entanto, disse que deseja que os canais diplomáticos sejam mantidos.

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A Venezuela enfrenta um dos dias mais críticos de sua história recente nesta sexta-feira. Nicolás Maduro concretizará o status de ditador ao assumir o poder de forma ilegítima, apoiado por instituições subservientes ao seu regime, enquanto o opositor Edmundo González Urrutia, reconhecido como presidente eleito por grande parte da comunidade internacional, promete regressar ao país para assumir o cargo após uma turnê pelas Américas.

Há seis meses, a comunidade internacional, inclusive o governo colombiano, demanda que o regime de Maduro apresente as atas eleitorais que provem sua vitória nas eleições de 28 de julho. Sem possibilidade de auditoria independente dos resultados desagregados por urna, a posse é vista como uma reafirmação de um processo eleitoral manipulado pela ditadura. O chavismo, por sua vez, diz que as atas sumiram devido a um (conveniente) ciberataque aos servidores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Nos últimos dias, a ditadura intensificou as detenções de um grupo significativo de ativistas de direitos humanos, políticos e cidadãos, às vésperas da posse presidencial. Entre eles está o sequestro e posterior libertação da líder opositora María Corina Machado, que foi capturada após uma manifestação na cidade de Caracas na quinta-feira, sua primeira aparição pública desde que se escondeu em agosto devidos a ameaças de prisão.

A cerimônia de posse está marcada para o meio-dia no horário local (13h em Brasília) no prédio do Parlamento.

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