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Por que Alasca foi escolhido como sede da reunião entre Trump e Putin

Estado americano foi parte da Rússia até meados do século XIX e pode oferecer várias benesses ao líder do país, procurado internacionalmente por crimes

Por Flávio Monteiro
Atualizado em 11 ago 2025, 13h18 - Publicado em 11 ago 2025, 10h58

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, irá se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para discutir formas de encerrar a guerra na Ucrânia. O encontro acontecerá na próxima sexta-feira, 15, no estado americano do Alasca, uma antiga possessão russa que chama atenção pela localização inóspita, ao extremo norte do continente americano.

A reunião foi anunciada por Trump no dia 8 de julho, por meio de um post na sua rede social, a Truth Social. Na publicação, o presidente americano disse que o local da reunião será “muilto popular por uma série de razões. Separado da Rússia pelo estreito de Bering — com 88km de distância entre as partes continentais de ambos os países —, o Alasca foi comprado pelos Estados Unidos em 1867, por 7,2 milhões de dólares”.

“Parece bastante lógico que nossa delegação simplesmente sobrevoe o Estreito de Bering e que uma cúpula tão importante e esperada dos líderes dos dois países seja realizada no Alasca”, disse o assistente presidencial russo, Yuri Ushakov.

A viagem deverá ser longa para ambos os líderes. De Moscou até Anchorage, maior cidade do Alasca, são nove horas de voo. Para quem sai de Washington, o tempo de duração não é inferior a oito horas. O isolamento do território pode ser uma forma de afastar os países europeus da conversa, que acontecerá há quilômetros de distância da esfera de influência do velho continente.

O local também pode ser considerado uma área de segurança para Putin, procurado internacionalmente pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra. Diferente do que aconteceria em outros possíveis destinos, o mandatário não terá que sobrevoar países hostis para chegar até a sede da reunião.

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+ Líderes europeus pedem pressão contínua à Rússia antes da cúpula Trump-Putin

Cessar-fogo?

O encontro é mais um capítulo da odisseia trumpista para encerrar o conflito. Durante sua campanha presidencial, Trump prometeu reiteradamente que conseguiria encerrar a guerra em 24 horas após assumir o cargo. Ele também declarou que o conflito ‘nunca teria acontecido’ se ele fosse o presidente americano quando a invasão russa começou.

Apesar de conversas amigáveis no início de seu mandato, a relação entre Trump e Putin se deteriorou rapidamente conforme ficava claro que um cessar-fogo estava distante de ocorrer. Em julho, o presidente americano disse à emissora britânica BBC que estava “decepcionado” com o mandatário russo.

Nesse primeiro momento, não há previsão de uma participação ucraniana no encontro. Segundo a Casa Branca, Trump estaria aberto a incluir o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nas conversas, mas Putin não deu o sinal verde. Kiev e Moscou tiveram três rodadas de negociação neste verão, todas a pedido de Washington. Nenhuma chegou a lugar algum.

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Recentemente, Zelensky se manifestou a respeito da reunião por meio de seu canal no aplicativo de mensagens Telegram, rechaçando qualquer acordo sem a presença de Kiev. “Qualquer decisão contra nós, qualquer decisão sem a Ucrânia, também é uma decisão contra a paz”, afirmou.

Atualmente, a Rússia controla quase todo o sul e sudeste da Ucrânia, incluindo grandes porções das regiões de Donetsk e Luhansk — envolvidas no estopim do conflito em 2022 —, Kherson, Zaporizhzhia e a Crimeia, ocupada por Moscou desde 2014.

Segundo a emissora americana CBS News, Trump vem tentando costurar um acordo que permitiria à Rússia manter o controle da Crimeia e do Donbass — região composta por Donetsk e Luhansk —, abrindo mão do restante dos territórios. “Haverá alguma troca de territórios para o bem de ambos”, disse Trump em conversa com repórteres na sexta, embora Putin não tenha mostrado sinal de algum de que pretende oferecer algo na barganha.

Em resposta à sugestão de Trump sobre uma possível “troca de territórios” para alcançar um acordo, Zelensky posicionou-se firmemente contra a ideia de ceder terras a Moscou. “Não recompensaremos a Rússia pelos atos que cometeu”, declarou, resoluto.

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