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Polícia alemã descobre rede de pedofilia com 30.000 envolvidos

Esquema foi revelado após prisão de um homem de 42 anos em 2019; autoridades discutem punição mais severa para crimes contra crianças e adolescentes

Por Da Redação
Atualizado em 29 jun 2020, 15h27 - Publicado em 29 jun 2020, 15h25

As autoridades alemãs estão investigando cerca de 30.000 pessoas suspeitas de pedofilia na internet, anunciou nesta segunda-feira, 29, o ministro da Justiça da região da Renânia do Norte-Westfalia (oeste do país), Peter Biesenbach.

“Eu não esperava a extensão do abuso infantil na rede”, disse Besenbach. Segundo o ministro, os investigadores descobriram evidências “profundamente perturbadoras” de que “o abuso infantil online é mais difundido do que pensávamos”.

As investigações sobre casos de maus-tratos, abusos e disseminação de imagens de crianças filmadas durante anos tiveram início em outubro de 2019 após a prisão de um homem em Bergisch Gladbach, perto de Colônia. O homem de 42 anos foi preso e seu julgamento está programado para começar em agosto. Os investigadores encontraram imensas quantidades de pornografia infantil em seu apartamento.

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Durante a investigação, também descobriram a existência de vários grupos de discussão com milhares de participantes na internet. “Queremos tirar do anonimato da internet os autores de abusos de nossas crianças e os que dão apoio”, disse Biesenbach.

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“Os autores que se comunicam nos fóruns consideram o abuso infantil normal e encontram um grande número de pessoas que compartilham as mesmas ideias. Não exite inibição. E é isso que caracteriza essa situação no nível penal”, avisou.

“Se quisermos combater ativamente o abuso infantil na internet, também devemos falar sobre as regras legais sobre armazenamento de dados. Um não pode funcionar sem o outro”, acrescentou.

Mais de 70 suspeitos já foram identificados em toda a Alemanha, muitos dos quais estão atualmente em julgamento. Em maio, um soldado de 27 anos foi condenado a dez anos de prisão e colocado em um hospital psiquiátrico.

As novas revelações, no início de junho, sobre o desaparecimento há 13 anos em Portugal da britânica Madeleine McCann, e a identificação de um novo suspeito, um alemão atualmente detido em Kiel (Norte), impulsionaram o debate público sobre a necessidade de punir mais severamente os autores de crimes de pedofilia.

“O abuso infantil não pode ser punido como furto. Quem agride menores deve ser punido como criminoso”, disse o ministro do Interior da Renânia do Norte-Westfalia, Herbert Reul. A ministra da Justiça Federal, Christine Lambrecht, também disse que está aberta a melhorar a legislação e punir com mais vigor esses criminosos.

(Com AFP)

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