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Polêmica em torno das medalhas dos Jogos de Paris abala Comitê Olímpico

Mais de 100 medalhas da edição já foram devolvidas, forçando organizadores a prometerem substituição de prêmios "defeituosos"

Por Da Redação
Atualizado em 21 jan 2025, 22h35 - Publicado em 21 jan 2025, 18h50

Com fragmentos de ferro da Torre Eiffel, as medalhas dos Jogos Olímpicos de Paris, que começaram em julho do ano passado, impressionaram à primeira vista pelo design e pela simbologia. Passado menos de um ano, os itens começaram a apresentar sinais de deterioração e mais de 100 atletas já devolveram suas medalhas, com alguns ironizando a condição do prêmio nas redes sociais, instaurando uma crise dentro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e comprometendo a imagem do maior evento esportivo do mundo.

A crise foi tão forte que o COI foi forçado a emitir uma declaração anunciando que as medalhas defeituosas serão substituídas por novas medalhas idênticas. Em parceria com a Casa da Moeda de Paris (Monnaie de Paris), o Comitê Organizador dos Jogos está investigando a causa dos danos e trabalhando para resolver a situação. A Monnaie de Paris, responsável pela produção e acusada de não usar melhores produtos na confecção das medalhas, já se comprometeu a substituí-las até o primeiro trimestre de 2025.

A polêmica começou com queixas nas redes sociais de atletas como a saltadora britânica Yasmin Harper e o skatista americano Nyjah Huston, e foi ganhando força entre os demais medalhistas. “Parece que foi à guerra”, comentou Huston, mostrando as marcas de desgaste apenas uma semana depois de conquistar o terceiro lugar na final de skate street masculino.

Os nadadores franceses Yohann Ndoye-Brouard e Clément Secchi também postaram imagens de suas medalhas danificadas. Secchi escreveu “pele de crocodilo”. Enquanto isso, Yohann ironizou dizendo que a medalha era dos Jogos de 1924, que também foram realizados em Paris.

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A Monnaie de Paris, uma das instituições mais antigas e respeitadas do país, com uma longa tradição na produção de medalhas olímpicas, tentou minimizar a situação, descrevendo as medalhas como “danificadas”, em vez de “defeituosas”, o que gerou ainda mais tensão. Originalmente elogiada por seu uso inovador de materiais reciclados, a entidade agora está sendo questionada devido ao impacto na qualidade do produto final.

O presidente da Associação Internacional de Boxe, Umar Kremlev, pediu em carta aberta renúncia imediata do presidente do COI, Thomas Bach, argumentando que “os medalhistas devem receber prêmios feitos dos metais correspondentes” e criticando as medalhas atuais como “desrespeitosas ao trabalho duro e ao sacrifício dos atletas”.

A crise não se limita a Paris 2024. Durante os Jogos do Rio 2016, mais de 100 atletas também relataram problemas semelhantes, com medalhas que começaram a se deteriorar meses após a cerimônia de premiação. À época, o porta-voz do Rio 2016, Mario Andrada, confirmou que entre seis e sete por cento das medalhas tinham problemas. “O problema mais comum era que elas caíam ou eram manuseadas incorretamente, fazendo com que o verniz saísse e levando à ferrugem ou escurecimento onde eram atingidas”, disse ele.

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