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Peru investiga suposta rede de prostituição dentro do Congresso

Caso veio à tona após o assassinato de Andrea Vidal, ex-assessora parlamentar que teria papel central no esquema

Por Da Redação
20 dez 2024, 10h58

O Ministério Público do Peru está investigando uma suposta rede de prostituição dentro do Congresso do país, onde mulheres teriam sido oferecidas a parlamentares em troca de votos. O caso veio à tona após o assassinato de Andrea Vidal, advogada de 28 anos e ex-assessora do Departamento Jurídico e Constitucional do Parlamento, que teria papel central no esquema, revelado pela mídia local no início desta semana.

Atiradores dispararam cerca de 60 vezes contra o táxi em que Andrea Vidal estava no início deste mês, em Lima. O motorista do veículo morreu no local e Vidal, atingida na cabeça, costas e braços, chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na última terça-feira.

A investigação aponta que o esquema seria comandado pelo ex-chefe de Vidal, o ex-conselheiro jurídico do Congresso filiado ao partido Aliança pelo Progresso (APP), Jorge Torres Saravia. Ele é acusado de recrutar mulheres para cargos administrativos como fachada para oferecer “serviços” a legisladores. Ele nega qualquer envolvimento.

“Isso claramente marca o fim de qualquer vergonha no exercício administrativo do poder”, disse  a deputada independente Susel Paredes. “Isso mostra a podridão dentro dos partidos políticos que hoje têm o poder de contratar funcionários no Congresso.”

Paredes também disse que as principais partes envolvidas no suposto esquema de prostituição ganharam “poder absoluto e parte do compartilhamento de poder também envolve o compartilhamento de empregos nesta instituição”.

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Investigação em andamento

Segundo Juan Burgos, presidente da Comissão de Fiscalização do Congresso, os favores sexuais eram negociados dentro da sede do Legislativo e, posteriormente, consumados em hotéis próximos. Burgos disse ter convocado uma sessão extraordinária nesta sexta-feira, 20, para analisar o caso.

“Quem investiga é a Justiça, nosso papel é atuar de acordo com o que os tribunais determinem. Se outras pessoas estiverem envolvidas e se houver provas a respeito nós vamos atuar”, disse Burgos.

Os promotores peruanos também investigam a suposta participação do líder do APP e atual governador de La Libertad, César Acuña, e outros parlamentares no esquema, além da conivência da Mesa Diretora do Congresso.

O escândalo ocorre em um momento em que o Congresso enfrenta uma crise de credibilidade, com uma popularidade historicamente baixa. A presidente Dina Boluarte, que é acusada de enriquecimento ilícito, também viu sua aprovação cair para 3% no mês passado, um dos menores índices já registrados na política do país.

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