Paraguai aguarda redução de infecções no Brasil para reabrir fronteira
Apesar da forte pressão de comerciantes, autoridades paraguaias temem "situação caótica" do outro lado da fronteira
O Paraguai continuará esperando uma redução da onda de infecções pelo novo coronavírus no Brasil para reabrir sua fronteira, apesar da forte pressão dos comerciantes, que registram um prejuízo milionário, anunciou nesta sexta-feira, 5, Guillermo Sequera, médico responsável pela Direção de Vigilância da Saúde. “A situação no Brasil é caótica. Estamos firmes nisso. Iremos esperar que a onda passe no Brasil para começar a falar em reabertura da fronteira”, disse Sequera.
“Depende muito do que Foz do Iguaçu fizer. Nós nos cuidamos em relação a São Paulo e Rio de Janeiro e eles (de Foz) não interromperam sua mobilidade (com estas duas cidades). Se continuam abertos, a recomendação é não abrir a fronteira”, assinalou.
O Brasil ultrapassou a marca de 34.000 mortos pela pandemia de Covid-19 e, em 24 horas, registrou mais de 1,4 mil mortes, enquanto o número de infectados chegou a 618.000. Elogiado por suas medidas de isolamento, o Paraguai soma 1.087 casos e apenas 11 mortos.
“Se Foz se blindar e quiser trabalhar diretamente com Ciudad del Este, pode-se pensar em uma reabertura, mas entendo que a negociação fronteiriça não será com Foz, e sim com São Paulo”, comentou Sequera.