Para onde foi a multidão que não conseguiu seguir cortejo de Elizabeth II
Como povo já tinha tomado espaços disponíveis para assistir mais de perto a carruagem, muitos foram redirecionados para telões
Um mar de gente. Assim pode definir-se as ruas no entorno do Palácio de Buckingham e da Abadia de Westminster nesta quarta-feira, 14. Com tapumes verdes para todo lado, e o maior esquema de segurança já visto na história recente de Londres, muita gente recorreu ao Hyde Park, no coração de Londres, para tentar acompanhar o cortejo da rainha Elizabeth II.
Com pontualidade britânica, o cortejo aconteceu das 14h22 e 15h (10h22 e 11h de Brasília) e, por isso, muitas ruas foram fechadas. Como o povo já tinha tomado os espaços disponíveis para assistir mais de perto a carruagem que levava o caixão do Palácio de Buckingham até Westminster, os “restantes” foram direcionados ao gramado verde do parque público, onde foi instalado um telão com transmissão do que estava acontecendo a poucos metros de lá.
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No parque, em meio ao público diverso, de bebês a idosos com bengala e cachorros, ambos expostos sob o sol (sim, ele apareceu depois de uma manhã nublada) só se ouvia o barulho dos telões (eram ao menos três espraiados pela área verde, além de dezenas de banheiros químicos) e dos canhões militares, instalados — e isolados — próximos à entrada, que dispararam um tiro por minuto.
O silêncio sepulcral em respeito à rainha foi quebrado poucas vezes. Uma no momento em que o caixão foi levantado e quando apareceu o carro que o levaria, sob aplausos da multidão.
A outra quebra foi menos plural e se deu quando uma mulher falou alto que, “se fosse para assistir no telão, teria ficado em casa”.
Às 17h (13h de Brasília) as portas do Salão de Westminster vão finalmente se abrir ao público, que poderá caminhar em volta do caixão. A visitação poderá ser feita dia e noite, até às 6h30 da manhã da próxima segunda-feira, 19, dia da missa de funeral na Abadia de Westminster e do enterro no castelo de Windsor, a oeste de Londres.