‘Para economizar energia, não usem gravatas’, apela premiê da Espanha
Embora solução proposta pareça até insensível frente o recorde de calor na região, país não é o primeiro a citar medida
Em meio ao escaldante verão europeu, a solução para economizar a energia utilizada em ares-condicionados, segundo o primeiro-ministro da Espanha, é não usar gravatas. Nesta sexta-feira, 29, Pedro Sánchez ressaltou não estar usando a peça de roupa, o que deixaria seu corpo mais fresco, e afirmou que seu governo adotará medidas ‘urgentes’ para controlar os gastos energéticos.
Em meio aos esforços europeus para diminuir a dependência de gás russo, o continente passa por temperaturas recordes nas últimas semanas, que tem causado diversos incêndios florestais e mortes. Na semana passada, a Espanha registrou mais de 500 mortes relacionadas à onda de calor.
Nesta sexta-feira, as temperaturas atingiram 36°C em Madri e 39°C em Sevilha.
Embora a solução proposta por Sánchez pareça diminuta, ou até insensível frente aos números de mortes na região, a Espanha não é o primeiro país a citar a medida. Em 2011, o Japão lançou uma campanha chamada “Super Cool Biz”, que incentivava os funcionários de escritório a usar roupas mais frescas no verão. Além disso, recentemente, no Reino Unido, políticos foram informados que poderiam abandonar seus paletós enquanto estivessem na Câmara dos Comuns.
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Sanchez afirmou que está trabalhando em um decreto de economia de energia que deve ser aprovado na segunda-feira. Um dos objetivos é incentivar empresas a manterem suas portas fechadas, sempre que possível, para evitar que o vento mais frio do ar-condicionado escape.
Uma lei semelhante foi introduzida na França nesta semana: lojas com ar-condicionado serão multadas se não manterem suas portas fechadas. E a cidade de Hanover, na Alemanha, por exemplo, disse que ofereceria apenas água fria nas piscinas e chuveiros de centros esportivos públicos.
As medidas fazem parte do plano da Comissão Europeia de 210 bilhões de euros, equivalente a cerca de um trilhão de reais, para aumentar a energia renovável e reduzir a dependência dos países europeus do gás russo.
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