Papa rejeita que imigrantes sejam vistos como ‘mal social’
Francisco afirmou que quer uma comunidade católica comprometida com os que são forçados a fugir de seus países.
O Papa Francisco rejeitou nesta sexta-feira (25) que os imigrantes sejam vistos como responsáveis por um “mal social”, em meio à onda de xenofobia que enfrentam centro-americanos e venezuelanos em seus êxodos.
“Queremos ser a Igreja (…) que não estigmatize e generalize na mais absurda e irresponsável condenação de identificar todo imigrante como portador do mal social”, disse o Papa em sua visita ao Panamá.
Durante uma via crúcis organizada por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Francisco afirmou que quer uma comunidade católica comprometida com os que são forçados a fugir de seus países.
“Queremos ser a Igreja que propicie uma cultura que saiba acolher, proteger, promover e integrar” os imigrantes, disse o Papa.
Francisco emocionou as cerca de 400 mil pessoas que suportaram várias horas sob o sol no calçadão marítimo da Cidade do Panamá.
Os venezuelanos protagonizam o maior movimento migratório registrado na América Latina e são vítimas de xenofobia no Brasil, Colômbia e Equador.
Desde 2015, cerca de 2,3 milhões de venezuelanos já abandonaram seu país devido ao caos econômico e à crise política em seu país, segundo estatísticas da ONU.
Na América Central, milhares de hondurenhos, salvadorenhos, guatemaltecos e nicaraguenses tentam chegar aos Estados Unidos, e em seu caminho têm enfrentado “expressões de xenofobia e discriminação”, segundo a ONU.