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Países prometem ajuda humanitária “importante” e “consistente” ao Líbano

Lideranças de potências mundiais se reuniram por videoconferência neste domingo para discutir ações que serão adotadas para ajudar o país do Oriente Médio

Por Da Redação Atualizado em 9 ago 2020, 15h00 - Publicado em 9 ago 2020, 14h59

Potências mundiais concordaram neste domingo, 9, em fornecer “recursos importantes” para ajudar Beirute a se recuperar da enorme explosão que destruiu partes da capital libanesa, prometendo não decepcionar o povo do país.

A “assistência deve ser oportuna, suficiente e consistente com as necessidades do povo libanês e entregue diretamente à população libanesa, com máxima eficiência e transparência”, afirmou comunicado divulgado após uma videoconferência realizada por líderes de diversos países, entre eles Jair Bolsonaro e Donald Trump.

O comunicado não apresentou dados relacionados às promessas feitas. Segundo o documento, os parceiros do Líbano estão prontos para apoiar a recuperação econômica de longo prazo do país e pediram que os líderes do Líbano se comprometam totalmente com as reformas esperadas por seu povo.

Participação de Macron

As potências mundiais precisam deixar de lado suas diferenças e apoiar o povo libanês, cujo futuro está em jogo depois que a enorme explosão devastou a capital, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, na conferência de doadores neste domingo.

A economia do Líbano já estava atolada em crise e tentando se recuperar da pandemia do novo coronavírus antes da explosão no porto de Beirute, que matou ao menos 158 pessoas.

Os governos estrangeiros têm receio de assinar cheque em branco para um governo considerado por seu próprio povo como profundamente corrupto, e alguns estão preocupados com a influência do Irã por meio do grupo xiita Hezbollah.

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Em comentários na abertura da conferência on-line de doadores, Macron disse que a resposta internacional deveria ser coordenada pela Organização das Nações Unidas no Líbano.

“Apesar das diferenças de opinião, todos precisam ajudar o Líbano e seu povo”, afirmou Macron de seu retiro de verão, na Riviera Francesa. “Nossa tarefa hoje é agir com rapidez e eficiência.”

O presidente francês disse que a oferta de assistência inclui apoio para uma investigação imparcial, confiável e independente sobre a explosão de 4 de agosto.

Além disso, ele pediu às autoridades libanesas “que evitem o colapso do país e respondam aos pedidos que o povo libanês manifesta legitimamente nesse momento nas ruas de Beirute”. Primeiro líder estrangeiro a visitar a capital libanesa depois da explosão, Macron prometeu na última quinta-feira obter ajuda rápida e massiva da comunidade internacional.

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“Todo mundo quer ajudar”

Neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro prometeu o envio de medicamentos por via aérea, além de 4 mil toneladas de arroz. À frente da missão estará o presidente anterior, Michel Temer, filho de libaneses.

A Espanha anunciou neste domingo que enviará um avião do Exército para Beirute com medicamentos e equipamentos médicos para a Cruz Vermelha, 10 toneladas de trigo e materiais de abrigo para a população que perdeu suas casas na explosão, agendado para a próxima terça-feira.

Além disso, a Comissão Europeia acrescentou neste domingo 30 milhões de euros (35 milhões de dólares) aos 33 milhões de euros (40 milhões de dólares) disponibilizados na sexta-feira, para ajuda emergencial do Líbano, anunciou o comissário para Ajuda Humanitária, Janez Lenarcic.

“Ursula von der Leyena (presidente da Comissão) havia anunciado na conferência de doadores para Beirute e os libaneses que a Comissão Europeia prometeu um total de 63 milhões de euros (75 milhões de dólares)”, especificou o comissário em comunicado.

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No sábado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em uma rede social que participaria da reunião.

“Todo mundo quer ajudar!”, acrescentou Trump, mencionando que havia falado com Macron.

Israel, país com o qual o Líbano não mantém relações diplomáticas, propôs ajuda após a explosão. A Turquia é outro país convidado a contribuir. A ONU estimou o custo das necessidades de saúde no Líbano em US$ 85 milhões.

(com AFP e Agência Brasil)

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