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Países da Otan reforçam segurança após novos ataques da Rússia

Nova movimentação de Putin e frequentes ameaças ao Ocidente fazem deixaram os estados membros em alerta

Por Matheus Deccache
Atualizado em 11 out 2022, 15h13 - Publicado em 11 out 2022, 14h36

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse nesta terça-feira, 11, que seus estados membros vão aumentar a segurança em torno de locais importantes, depois que a Rússia aumentou seus ataques à Ucrânia e intensificou ameaças contra o Ocidente.

Vários mísseis russos atingiram o território ucraniano pelo segundo dia consecutivo, embora com menos intensidade do que na segunda-feira 10, quando ao menos 75 ataques aéreos mataram 19 pessoas e feriram mais de 100. Os bombardeios também interromperam o fornecimento de energia em todo o país. 

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Os ataques nesta terça-feira mataram pelo menos uma pessoa em Zaporizhzhia e deixaram parte da cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, sem energia. Além do bombardeio, Belarus, aliado mais próximo do Kremlin, disse que iniciou um exercício para avaliar sua “prontidão de combate” depois de ordenar que seus soldados se mobilizassem junto às forças russas perto de sua fronteira com a Ucrânia.

Antes da guerra, Minsk permitiu que a Rússia utilizasse suas fronteiras para invadir o território ucraniano, mas ainda não enviou seu próprio exército para o combate. 

Após os movimentos recentes do presidente russo, Vladimir Putin, e sua velada ameaça nuclear, um diplomata europeu disse que a Otan está considerando convocar uma cúpula virtual de defesa para analisar se dá, ou não, uma resposta a Moscou. 

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A mudança de postura de Putin se deve à forte pressão de grupos nacionalistas pró-guerra russos, que pedem por ações mais incisivas no conflito para a evitar mais derrotas humilhantes. Os ataques desta semana foram definidos por ele como um ato de vingança contra um ataque à ponte que liga a Crimeia ao território russo.  

+ ONU rejeita pedido da Rússia por voto secreto sobre anexação na Ucrânia

Em coletiva de imprensa, o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, disse que as forças nucleares russas estavam sendo monitoradas de perto pela inteligência ocidental, e por enquanto não houve nenhuma mudança de postura que indicasse um ataque. 

Também nesta terça, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu virtualmente com líderes do G7 para discutir o que mais poderiam fazer para apoiar a Ucrânia. Na reunião, o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu por mais sistemas de defesa aérea, definidos por ele como “prioridade número um” no momento. 

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Zelensky pediu ainda por novas sanções para aquilo que chamou de “novo estágio de escalada do Kremlin” e pleiteou uma missão internacional de monitoramento da fronteira entre a Ucrânia e Belarus. 

Em resposta, o líder bielorruso, Alexander Lukashenko, acusou os ucranianos de se prepararem para invadir o seu país, embora não tenha apresentado nenhuma prova. 

+ Quem é o ‘general do Armagedom’ que assumiu o comando do Exército russo

Em pronunciamento conjunto, o G7 alertou Belarus contra qualquer movimento adicional e condenou os novos bombardeios da Rússia, dizendo que ataques a civis são crimes de guerra. O Kremlin, no entanto, nega ter atingido civis deliberadamente.

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Para o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, os principais alvos são instalações de energia em uma campanha planejada com bastante antecedência para “infernizar a vida dos ucranianos”. 

Apesar da escalada do conflito, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que seu país não recusaria uma reunião entre Putin e Biden em um próximo evento do G20 e se disse aberto a considerar a proposta caso a receba. 

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