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Opositora a Maduro, María Corina Machado é libertada após ser detida em manifestação

Oposição afirma que ela ficou por pouco tempo sob poder de agentes do governo e foi obrigada a gravar alguns vídeos.

Por Da Redação
Atualizado em 9 jan 2025, 21h08 - Publicado em 9 jan 2025, 18h21

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, foi libertada poucas horas depois de ser detida enquanto saía de uma manifestação em Caracas contra o presidente Nicolás Maduro. A informação foi divulgada por representantes da oposição, nas redes sociais, nesta quinta-feira, 9.

Mais cedo, a campanha opositora afirmou que María Corina havia sido “violentamente interceptada após saída de manifestação em Chacao”, uma região de Caracas, e que “agentes do regime dispararam contra as motos que a transportavam”.

Depois, anunciando a soltura, a oposição afirmou que María Corina ficou por pouco tempo sob poder de agentes do governo e foi obrigada a gravar alguns vídeos.

Partidos de oposição ao regime da Venezuela e seus apoiadores prepararam protestos em todo o país nesta quinta-feira contra a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandado de seis anos, marcada para a sexta-feira. Críticos dentro do país, grande parte da comunidade internacional e organizações independentes consideram que sua reeleição foi ilegítima e marcada por fraude.

María Corina Machado, a figura da oposição mais popular do país, que foi impedida de concorrer pelo Judiciário pró-Maduro em 2024, não saia às ruas desde agosto, quando se escondeu do governo – sob ameaça de prisão, e alvo de duas investigações da procuradoria-geral, acredita-se que ela estivesse escondida em alguma embaixada em Caracas.

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O governo deteve vários políticos e ativistas, incluindo um ex-candidato presidencial. Nesta semana, o gabinete do procurador-geral disse ter libertado mais de 1.500 das 2.000 pessoas que foram detidas durante os protestos que irromperam após as eleições.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e o Supremo, ambos pró-Maduro, atestaram que ele, cuja presidência foi marcada por uma profunda crise econômica e social na Venezuela, venceu a votação de julho por 51% a 42%, embora nunca tenham oferecido evidências, ao se recusarem a publicar as atas eleitorais e os resultados desagregados. Já a oposição diz que seu candidato, Edmundo González Urrutia, ganhou com cerca de 67% dos votos, contra menos de 30% do ditador, com base no que diz ser 80% dos boletins de urna resgatados por fiscais.

Machado, 57 anos, pediu que manifestantes inundassem as ruas em atos pacíficos e convocou a polícia e o Exército — que também estão a serviço do chavismo — a apoiar a vitória de Gonzalez.

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Maduro, 62, está no poder desde 2013. Ele tem o apoio inconteste de líderes das forças armadas e dos serviços de inteligência, que são comandados por aliados próximos do poderoso ministro do Interior, Diosdado Cabello, responsável pela repressão.

“Estou convencido de que nada vai acontecer”, disse Cabello na televisão estatal na segunda-feira, 6. “Mas isso não significa que vamos baixar a guarda.”

Com benefícios financeiros pela conexão com Maduro, os militares não devem mudar de lado. É a avaliação de especialistas e do BancTrust, um banco de investimento de Londres. “Uma rebelião militar de apenas certas alas do Exército implicaria riscos significativos para os envolvidos, diminuindo assim os incentivos para participar”, escreveu em declaração.

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O governo aumentou a segurança e a presença militar em Caracas, especialmente perto do palácio presidencial Miraflores. Além disso, a sigla de Maduro, o Partido Socialista Unido da Venezuela, deve realizar uma marcha rival.

González, que esteve em uma turnê pelas Américas nesta semana, se reunindo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro, prometeu retornar à Venezuela, mas não explicou como. Ele é alvo de um mandado de prisão por suposta conspiração, o que motivou sua fuga do país em setembro.

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