Oposição denuncia fraude eleitoral e tensão aumenta no Quênia

Com mais 74% das urnas apuradas, Comissão Eleitoral do país dá a vitória à situação, com 54% dos votos, dez pontos a mais do que a oposição.

Por Da redação
Atualizado em 9 ago 2017, 15h44 - Publicado em 9 ago 2017, 10h56

Protesto contra o resultado das eleições no Quênia — Mulher lamenta a morte de um manifestante durante o protesto contra o resultado das eleições, na favela de Mathare, em Nairobi, no Quênia (Thomas Mukoya/Reuters)

**1/8** Manifestantes ateiam fogo em pneus para montar uma barricada durante protesto contra o resultado da eleição, na favela de Kibera, em Nairobi, no Quênia - 09/09/2017 *(Goran Tomasevic/Reuters)*

**2/8** A tensão aumentou no Quênia após a afirmação de fraude nas eleições feita pelo líder da oposição Raila Odinga. Manifestantes foram às ruas protestar contra o resultado final *(Thomas Mukoya/Reuters)*

**3/8** Os apoiantes da Super-Aliança Nacional do Quênia (NASA) usam pedras para montar uma barricada em uma estrada em Kisumu, durante confronto com as forças de segurança após o anúncio dos resultados das eleições nacionais - 09/08/2017 *(Kevin Midigo/AFP)*

**4/8** Caminhão de combate da polícia trabalha para conter uma barricada em chamas feita pelos manifestantes da oposição na cidade de Kisumu, no Quênia *(Baz Ratner/Reuters)*

**5/8** Apoiadores do candidato à presidência da oposição Raila Odinga, tomam as ruas em protesto após a afirmação feita por ele de que haveria tido uma enorme fraude no resultado das eleições no Quênia *(Luis Tato/AFP)*

**6/8** Policiais tentam dispersar manifestantes durante protesto contra o resultado das eleições no Quênia, enquanto uma mulher passa com seus vegetais pelas ruas da favela de Mathare, em Nairobi *(Thomas Mukoya/Reuters)*

**7/8** Moradores observam das sacadas enquanto policiais administrativos do Quênia patrulham a região da favela de Mathare, em Nairobi, durante o protesto contra o resultado das eleições gerais *(Marco Longari/AFP)*

**8/8** Mulher lamenta a morte de um manifestante durante o protesto contra o resultado das eleições, na favela de Mathare, em Nairobi, no Quênia *(Thomas Mukoya/Reuters)*

O líder da oposição do Quênia, Raila Odinga, acusou nesta quarta-feira, o atual governo de ter manipulado o sistema digital de contagem de votos das eleições gerais. A fraude teria sido feita com o uso da identidade do diretor de telecomunicações da Comissão Eleitoral, Chris Msando, assassinado há dez dias.

“A fraude que a Jubileu (a coalizão do presidente do país, Uhuru Kenyatta) perpetrou sobre os quenianos, ultrapassa qualquer nível de roubo contra os eleitores na história deste país. Mas desta vez os pegamos”, escreveu Odinga aos seus 1,2 milhão de seguidores no Twitter.

The fraud Jubilee has perpetuated on Kenyans surpasses any level of voter theft in our country's history. This time we caught them.

— Raila Odinga (@RailaOdinga) August 9, 2017

Com 74% da apuração concluída, a Comissão Eleitoral dá a vitória a Kenyatta, com 54% dos votos, dez pontos a mais do que Odinga.

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Em 2007, a oposição rejeitou os resultados das eleições, o que causou uma onda de violência na qual morreram mais de 1.300 pessoas. “É uma fraude de gravidade monumental, não tivemos eleições”, disse o líder da coalizão Super Aliança Nacional (NASA, sigla em inglês), que não quis revelar onde obteve esta informação.

A manipulação digital do sistema, segundo Odinga, começou quarta-feira ao meio-dia (horário local), enquanto as pessoas votavam, utilizando a identidade de Msando. “Oferecemos todas as provas à Comissão Eleitoral, estamos esperando uma resposta, temos inclusive a identidade dos autores, que representam a Jubileu”, assegurou o opositor. “Estamos pedindo à nossa gente que não aceite os resultados, mas que mantenham a calma. No entanto, eu não tenho o controle sobre a população”, advertiu Odinga.

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(Com EFE)