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Oposição da Coreia do Sul apresenta pedido de impeachment contra presidente

País entrou em uma crise política após Yoon Suk Yeol decretar lei marcial. Diante da pressão do Parlamento, que rejeitou a medida, o mandatário voltou atrás

Por Redação Atualizado em 4 dez 2024, 06h49 - Publicado em 4 dez 2024, 06h26

Partidos de oposição da Coreia do Sul apresentaram nesta quarta-feira, 4, uma moção de impeachment contra o presidente Yoon Suk Yeol após ele decretar lei marcial no país, na terça-feira 3. No mesmo dia, após pressão do Parlamento, que negou de forma unânime a medida, o político recuou – mas a crise já estava posta.

Para o pedido andar, é necessário o apoio de dois terços do Parlamento, dominado pela oposição, e a aprovação de pelo menos seis dos nove juízes que compõem o Tribunal Constitucional, informou a Associated Press. A moção, apresentada em conjunto pelo Partido Democrata, o maior da oposição, e outras cinco legendas menores, pode ser votado já nesta sexta.

Leia + O que é a lei marcial que o presidente da Coreia do Sul chegou a decretar

Diante da crise, os principais conselheiros e secretários de Yook se ofereceram para renunciar coletivamente. Além disso, membros do gabinete, como o ministro da Defesa, Kim Yong Hyun, também é pressionado para renunciar.

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Oposição pede impeachment do presidente da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol
Protesto da oposição da Coreia do Sul, que pede o impeachment do presidente do país, Yoon Suk Yeol, após a crise gerada com o decreto de lei marcial – 04/12/2024 (JUNG YEON-JE/AFP)

Entenda a situação

O presidente sul-coreano decretou lei marcial sob o pretexto de proteger o país das “forças comunistas” e acusando a oposição de conduzir “atividades antiestatais” e citando suposta ameaça da Coreia do Norte. O mecanismo suspenderia temporariamente leis e direitos civis, os substituindo pelas regras e pela administração militar.

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Na prática, a população fica sujeita a uma série de regras mais rígidas até que a ordem seja restabelecida, e Yoon justificou a medida como necessária para “garantir a liberdade e a segurança do povo” e “reconstruir um país livre e democrático”. O ato foi criticado até mesmo por membros do seu partido, o conservador Partido do Poder Popular.

Poucas horas depois do anúncio presidencial, o Parlamento do país votou de forma unânime para bloquear o decreto presidencial, mandando uma forte mensagem contra o que alguns dos políticos classificaram como uma tentativa de golpe de Estado.

Dos 300 parlamentares que compõem a casa, 190 participaram da sessão de emergência convocada durante o início da madrugada, e todos votaram contra a medida, vista como o mais sério desafio à democracia sul-coreana desde a década de 1980.

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Imagens de televisão ao vivo mostraram militares, aparentemente encarregadas de impor a lei marcial, tentando entrar no prédio do Parlamento. Assessores parlamentares foram vistos tentando afastar os soldados usando extintores de incêndio. Os soldados deixaram o prédio pouco depois da votação dos parlamentares.

Desde que assumiu o cargo, em 2022, Yoon tem lutado para impor suas agendas contra um Parlamento controlado pela oposição. Antes do anúncio, o Partido do Poder Popular estava preso em um impasse com o Partido Democrata sobre o projeto de lei do orçamento do próximo ano. Yoon também tem rejeitado pedidos de investigações independentes sobre escândalos envolvendo sua esposa e funcionários do alto escalão, atraindo críticas duras de seus rivais políticos.

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