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ONU teme que tensão em Gaza piore nos próximos dias

Em reunião do Conselho de Segurança, foi pedido que Israel só utilize 'força letal' como último recurso

Por EFE Atualizado em 30 jul 2020, 20h24 - Publicado em 30 mar 2018, 23h04

A ONU afirmou nesta sexta-feira que teme que a situação em Gaza se deteriore nos próximos dias e pediu que Israel só utilize “força letal” como último recurso. As afirmações foram feitas pelo subsecretário de Assuntos Políticos da ONU, Tayé-Brook Zerihoun, em uma reunião de emergência convocada pelo Conselho de Segurança para analisar a violência registrada nesta sexta-feira na Faixa de Gaza.

Pelo menos dezesseis palestinos morreram e cerca de 2.000 ficaram feridos na Marcha do Retorno, um protesto organizado pelo Hamas na fronteira entre Gaza e Israel.

A reunião do Conselho de Segurança seria fechada, mas, ao não haver consenso sobre a publicação de uma declaração conjunta no fim do encontro, decidiu-se que o encontro fosse aberto.

No relatório apresentado ao Conselho, Zerihoun fez um relato das diferentes informações recebidas pela ONU sobre os incidentes violentos e disse que estava monitorando de perto a situação. “Existe o temor que a situação possa se deteriorar nos próximos dias. É imperativo que as crianças não sejam utilizadas como alvo”, afirmou o subsecretário de Assuntos Políticos da ONU.

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Zerihoun pediu que as tropas israelenses assumam uma postura de “máxima contenção”, a fim de evitar mais mortes. “A força letal só deve ser usada como último recurso”, disse Zerihoun, que pediu uma “adequada investigação” sobre os fatos ocorridos hoje.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, por meio de um porta-voz, afirmou estar “profundamente preocupado” com a violência em Gaza e pediu uma investigação independente e transparente. “Essa tragédia ressalta a urgência de revitalizar o processo de paz na região”, afirmou o porta-voz, Farhan Haq.

A reunião do Conselho de Segurança, convocada a pedido do Kuwait, durou cerca de duas horas e meia. Algumas das principais potências, como Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia, estavam representadas por diplomatas de segundo ou terceiro escalão.

Nenhum representante de Israel participou do encontro. Como convidado, Riyad Mansour, diplomata palestino, considerou como “massacre” os fatos registrados nesta sexta-feira. “A maioria dos manifestantes era pacífica, não representava nenhuma ameaça para as forças de segurança de Israel”, disse Mansour.

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