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ONU pede que Trump isente países mais pobres de tarifas em meio a guerra comercial

Agência alerta que taxas podem causar 'graves danos econômicos' a nações que representam parcela insignificante do déficit comercial americano

Por Sara Salbert 14 abr 2025, 11h08

A Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, a Unctad, fez um apelo ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira, 14, solicitando que os países menores e mais pobres sejam isentos de tarifas recíprocas, anunciadas como um plano para equilibrar parcerias de negócios “injustas”. O órgão alertou que manter essas taxas pode causar “graves danos econômicos” a nações que representam uma parcela insignificante do déficit comercial americano.

O relatório divulgado pela Unctad apontou que 28 dos 59 países incluídos na lista de nações sujeitas a tarifas superiores à alíquota-base, de 10%, representam menos de 0,1% do déficit dos Estados Unidos. Entre os mais afetados estão o Laos, com taxa prevista de 48%; Mianmar, com 45%; e as Ilhas Maurício, com 40%. Segundo a agência das Nações Unidas, muitas das nações na tabela têm níveis modestos de exportação e um PIB pequeno, dificilmente representando uma ameaça à maior economia do mundo.

Casa Branca não poupa alvos

O governo Trump justificou que sua política tarifária visa reanimar a indústria nacional, gerando empregos para cidadãos americanos. No entanto, muitas das principais exportações dessas pequenas nações são produtos agrícolas que os Estados Unidos podem ter dificuldade em substituir, como a baunilha de Madagascar (US$ 150 milhões em importações), e o cacau da Costa do Marfim e de Gana, que juntos somam cerca de US$ 1 bilhão.

Entre os afetados também estão países que antes se beneficiavam da Lei de Crescimento e Oportunidades para a África, programa americano que concedia acesso isento de tarifas a nações da África Subsaariana a fim de incentivar o desenvolvimento econômico. 

Suspensão temporária

Na semana passada, em resposta a reações negativas e caóticas dos mercados financeiros, o presidente americano suspendeu as tarifas recíprocas para todos os países, com exceção da China, por 90 dias. Por enquanto, vale apenas a alíquota-base de 10%, aplicada igualmente a todos os produtos importados pelos Estados Unidos.

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Para a Unctad, essa pausa é uma oportunidade para repensar o tratamento dado a países economicamente vulneráveis.

“Este é um momento crítico para considerar isentá-los de tarifas que oferecem pouca ou nenhuma vantagem para a política comercial dos EUA, mas correm o risco de causar sérios danos econômicos”, escreveu a Unctad em seu relatório.

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