Equipe médica e dez caminhões com ajuda humanitária entram em Gaza
De acordo com um funcionário da fronteira palestina, veículos carregados com alimentos, remédios e água passaram a fronteira de Rafah
Dez caminhões com ajuda humanitária, além de uma equipe com dez médicos, cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza pela passagem de Rafah nesta sexta-feira, 27, informou um funcionário da fronteira palestina à agência de notícias Reuters.
“Na manhã desta sexta-feira, entrou uma delegação médica composta por 10 médicos estrangeiros, além de 10 caminhões que entram na Faixa de Gaza pela passagem terrestre de Rafah, transportando água, alimentos e remédios, elevando o número total de caminhões desde o início da guerra para apenas 84 caminhões”, disse ele.
Expectativa era de oito veículos
Anteriormente, a expectativa das Nações Unidas era que oito caminhões com ajuda cruzassem a fronteira, conforme informou a jornalistas uma funcionária do órgão.
“Chegamos a aproximadamente 74 caminhões [autorizados a cruzar a fronteira]. Esperamos mais oito ou mais hoje”, afirmou Lynn Hastings, coordenadora humanitária da ONU para o Território Palestino Ocupado, a repórteres em Genebra por meio de videoconferência de Jerusalém.
Segundo a funcionária, negociações estão sendo feitas com Israel para garantir mais travessias humanitárias na cidade de Rafah. A região tem sido altamente bombardeada por forças israelenses desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas realizou ataques surpresa a Tel Aviv.
“Além das questões técnicas e de segurança, há também questões políticas. E há uma certa pressão sobre o governo de Israel em termos de sua política interna”, ponderou.
Hastings ressaltou que ainda não há acordo para envio de combustível a Gaza, o que coloca em risco as operações humanitárias na região. “Precisamos que as linhas elétricas sejam reconectadas e ouvi o governo de Israel dizer que não farão isso”, disse.
“Precisamos colocar os caminhões de combustível [em Rafah], precisamos fazer com que o combustível para a usina a gás volte a funcionar. E precisamos fazer isso de uma forma segura que ofereça garantias a Israel que não será desviado”, acrescentou.