O retrato do horror: Hamas choca o mundo ao devolver corpo de bebê
“Somos vítimas de uma guerra psicológica”, disse a VEJA Maurice Schneider, tio-avô das crianças

Não há guerras que não sejam marcadas pelo horror, mas algumas vezes ele extrapola qualquer limite do tolerável. Na quinta-feira 20, a liberação dos restos mortais de reféns pelo Hamas chocou o mundo ao confirmar que duas crianças, uma delas bebê, haviam sido raptadas no cruel ataque de 7 de outubro de 2023. Kfir Bibas, de apenas 9 meses, seu irmão Ariel, de 4 anos, e a mãe, Shiri, morreram no cativeiro em Gaza. Apenas o pai, já libertado, sobreviveu. É o retrato de uma família despedaçada, espelhando o trauma de um confronto ainda distante de uma solução final. “Somos vítimas de uma guerra psicológica”, disse a VEJA Maurice Schneider, tio-avô das crianças. Nas batalhas da opinião pública, o grupo palestino perde pontos à luz das vidas ceifadas. Trinta das sessenta pessoas em posse dos terroristas ainda respiram, na esperança de serem soltas na segunda fase do cessar-fogo, por negociar. Mas, por ora, Israel chora a tragédia da família Bibas.
Publicado em VEJA de 21 de fevereiro de 2025, edição nº 2932