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O que esperar da conversa entre Trump e Putin nesta terça-feira

Antes da ligação, presidente dos EUA disse, sem dar detalhes, que diálogo abordará 'terras', 'usinas de energia' e 'dividir certos ativos'

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 mar 2025, 12h51 - Publicado em 18 mar 2025, 08h34

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem telefonema marcado com seu homólogo russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira 18. Espera-se que a conversa gire em torno do cessar-fogo de 30 dias na guerra com a Ucrânia, que a Rússia ainda precisa aceitar e sobre o qual fez ressalvas, e a possibilidade de avançar para um fim mais permanente do conflito, que já dura mais de três anos.

O telefonema servirá como um teste das habilidades de negociação de Trump e de seu relacionamento com o líder russo, o que deixou os aliados tradicionais dos Estados Unidos cautelosos.

“Muitos elementos de um acordo final foram acertados, mas ainda falta muito”, disse Trump em uma postagem em sua rede social, a Truth Social, na segunda-feira. “Cada semana traz 2.500 novas mortes de soldados, de ambos os lados, e isso deve acabar agora. Estou muito ansioso pela ligação com o presidente Putin.”

Kiev, com que Trump disse anteriormente ser mais difícil de trabalhar do que com a Rússia, deu o ok para a trégua de 30 dias proposta por Washington. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse em entrevista à Fox News na segunda-feira que “recebemos um bom compromisso da Ucrânia na semana passada”.

“Eles concordaram em parar de atirar e congelar tudo onde está, e podemos começar a conversar sobre como acabar com isso permanentemente. E agora precisamos obter algo assim dos russos”, afirmou Rubio. “Saberemos mais amanhã, depois que o presidente falar com Putin. E espero que estejamos em um lugar melhor.”

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O que está na mesa?

Trump deu a entender alguns aspectos que podem constituir um plano de longo prazo para o fim da guerra na semana passada. Antes do telefonema, a Casa Branca declarou que “nunca estivemos tão perto da paz quanto neste momento”, enquanto Trump disse que conversará com Putin sobre “terras”, “usinas de energia” e “dividir certos ativos”.

Questionado no domingo sobre quais concessões estavam sendo consideradas nas negociações de cessar-fogo, o presidente americano declarou: “Falaremos sobre terra. Falaremos sobre usinas de energia… Já estamos falando sobre isso, dividir certos ativos”.

Ele não deu mais detalhes, mas pareceu estar se referindo à instalação de Zaporizhzhia, na Ucrânia, que está ocupada pelos russos e é a maior usina nuclear da Europa. Kiev e Moscou fizeram acusações mútuas de arriscar um acidente na usina com suas ações.

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O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, visitou Moscou na semana passada para avançar nas negociações.

A Rússia anexou ilegalmente quatro regiões ucranianas após sua invasão à Ucrânia em 2022 — Donetsk e Luhansk, no leste, e Kherson e Zaporizhzhia, no sudeste do país. Porém, não controla totalmente nenhuma das quatro. No ano passado, Putin listou a retirada de tropas de Kiev de todas essas regiões como uma de suas demandas em um acordo de paz. Além disso, os russos tomaram a península da Crimeia em 2014.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por sua vez, reiterou várias vezes que a soberania de seu país não é negociável e que a Rússia deve entregar todo o território que apreendeu.

Outra exigência conhecida de Putin é que a Ucrânia abandone suas ambições de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar ocidental cuja expansão para perto das fronteiras russas está no coração das suas justificativas para a guerra. Ele também já disse que as sanções ocidentais devem ser amenizadas e Kiev deve realizar uma eleição presidencial. Não houve pleito como programado no ano passado por causa do estado de guerra imposto por Zelensky, eleito em 2019.

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