Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

O próximo passo do plano da Ucrânia para ganhar a guerra

País tenta se aproveitar do momento em que a Rússia mantém foco em defesa, não ataque, para intensificar sua contra-ofensiva

Por Matheus Deccache
Atualizado em 24 nov 2022, 11h47 - Publicado em 24 nov 2022, 11h45

Reconquistar a cidade de Kherson foi, para a Ucrânia, uma vitória estratégica que estava sendo preparada há meses. Agora que o Exército ucraniano conseguiu expulsar as forças russas de lá, a contra-ofensiva prepara o próximo passo. As forças ucranianas estão planejando direcionar suas investidas para a região da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, após os sucessos no sul e no leste da Ucrânia

Em meio a reveses militares e a consequente perda de territórios, o Exército russo passou a direcionar esforços para a construção de fortificações e sistemas de trincheiras para defender a região próxima à fronteira da Crimeia, além de áreas em Donetsk e Luhansk, que compõe a região de Donbas.

+ Ucrânia cria ‘centros de invencibilidade’ para sobreviver ao inverno

De acordo com o Ministério da Defesa do Reino Unido, em alguns locais, novas fortificações estão a até 60 quilômetros atrás das atuais linhas de frente, sugerindo que a Rússia está se preparando para mais avanços ucranianos.

Nesta semana, o Exército ucraniano deu um passo importante para mudar o curso da guerra ao atacar posições russas no Kinburn Spit, cordão litorâneo e porta de entrada para a bacia do Mar Negro, além de partes da região de Kherson (onde fica a cidade de mesmo nome) ainda sob controle russo.

Segundo análise do Instituto para Estudos da Guerra, think tank com sede em Washington, reconquistar a área pode ajudar as forças ucranianas a entrar em território controlado pelos russos em Kherson sob menos fogo de artilharia do que se cruzassem diretamente o rio Dnipro, que corta a área. Além disso, o controle local permitiria que Kiev aumentasse sua atividade no Mar Negro. 

Continua após a publicidade

+ Rússia bombardeia hospital e maternidade na Ucrânia, matando recém-nascido

Para alguns especialistas militares, existe ainda a possibilidade de que o clima prejudique desproporcionalmente as forças russas mal equipadas, permitindo que a Ucrânia aproveite o terreno congelado e se mova com mais facilidade do que durante os meses lamacentos do outono.

Por outro lado, a estratégia da Rússia é reforçar ao máximo as suas fortificações nas regiões e aproveitar o inverno rigoroso para manter suas posições até 2023, renovando o contingente de soldados e recarregando o estoque de munições, além de intensificar os ataques a infraestruturas essenciais – energética, médica e de fornecimento de água – no território ucraniano. 

Na semana passada, um depósito de combustível foi atingido em Kherson, a primeira vez desde a retirada russa e, nos últimos sete dias, pelo menos uma pessoa foi morta e outras três ficaram feridas depois de novos bombardeios, de acordo com o gabinete presidencial. 

Continua após a publicidade

+ Com a chegada do inverno, Ucrânia vai retirar civis de Kherson e Mykolaiv

Antes de abrir mão de Kherson, o Exército russo ainda danificou a infraestrutura local e causou uma enorme crise humanitária, forçando o governo ucraniano a retirar civis de áreas recentemente libertadas, temendo que a falta de aquecimento, energia e água torne a região inabitável no inverno. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.