O erro ‘óbvio’ cometido pela maioria das empresas, segundo Carlos Brito, ex-CEO da AB Inbev
Agora à frente da Belron, administrador participou da conferência MBA Brasil, no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston
CEO de 2008 a 2021 na AB Inbev e atualmente à frente da Belron, Carlos Brito é figura carimbada nas listas de maiores líderes empresariais. A uma plateia atenta de estudantes brasileiros de MBA reunidos em Boston, ele destacou na sexta-feira, 7, um dos erros “óbvios” que vê em gestões mundo afora.
“Quando fomos expandindo para outros países, a gente chegava e dizia: ‘olha, essa aqui é nossa cultura’. O problema é que a maioria das empresas não acha que ter e manter uma cultura é importante, não acha que precisa falar muito”, disse durante mesa mediada por Alfredo Pinto, office head da Bain & Company América do Sul. “Como é óbvio, todo mundo acha que já sabe, é uma daquelas coisas que escapam, que nem cachorro com dois donos, que morre de fome porque um dono acha que o outro vai dar a comida. Como é óbvio, ninguém fala e isso vai se diluindo”.
A importância, segundo ele, é fazer com que as pessoas “acreditem nas mesmas coisas”.
“Quando você toma decisões ao redor do mundo, a decisão pode ser até diferente daquela que você tomaria, mas tomada das mesmas bases, dos mesmos princípios, tentando alcançar as mesmas coisas. Isso é fundamental”, completou.
Brito participou da quarta edição da conferência MBA Brasil, que neste ano foi sediada no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston. O evento reuniu cerca de 300 jovens profissionais do Brasil que atualmente cursam MBA em instituições americanas, fazendo ponte com empresas e negócios.
Entre os palestrantes também estão nomes como Luiza Trajano, ex-presidente do conselho da Magazine Luiza; Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e ex-diretor do Banco Mundial; Bruno Lasansky, CEO da Localiza&CO; Roberto Padovani, economista-chefe do Banco Votorantim; e Nelson Queiroz Tanure, chairman da PRIO.
“Um dos nossos objetivos é conectar os alunos com oportunidades de gerar impacto no Brasil. O que acontece é que muitos fazem MBA e ficam por aqui. Há uma clara evasão de talento que a gente tenta solucionar e que, em última instância, pode gerar mais desenvolvimento socioeconômico no Brasil”, explica Gabriela Barbosa, copresidente da MBA Brasil.
No Cerrado, nova geração transforma fazenda em modelo de agricultura regenerativa
Como música póstuma de Marília Mendonça saiu do papel sem Inteligência Artificial
Como brasileiro pretende gastar o prêmio milionário do príncipe William
Itamaraty vê clima esfriar para nova conversa com os EUA sobre o tarifaço
Ana Maria Braga comete gafe ao vivo em comentário sobre a COP30







