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O agradecimento de Putin a Lula e líderes do Brics ao falar sobre Ucrânia; veja vídeo

Presidente da Rússia, membro do grupo, afirmou que apoia ideia de cessar-fogo na guerra, mas precisa acertar termos com os EUA, autor da proposta

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 mar 2025, 10h49 - Publicado em 14 mar 2025, 08h37

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou na quinta-feira 13 que concorda com a ideia de um cessar-fogo de 30 dias na guerra contra a Ucrânia, proposto pelos Estados Unidos, mas que precisa acertar detalhes com os americanos. Ao comentar o plano de trégua, ele agradeceu ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a outros líderes do grupo Brics pelo que chamou de “esforços em direção à paz”.

A menção ao Brasil veio quando o líder russo foi questionado por uma jornalista em Moscou, durante uma coletiva de imprensa ao lado de seu aliado Alexander Lukashenko, presidente da vizinha Belarus.

“Nós temos nossas próprias questões atuais, mas muitos líderes de países, o presidente da República Popular da China, o primeiro-ministro da Índia, os presidentes do Brasil e da África do Sul estão lidando com essa questão, dedicando bastante tempo a ela”, declarou Putin. “Somos todos gratos a eles por isso, porque essa atividade visa alcançar uma missão nobre, o cessar das hostilidade e das perdas humanas.”

O Brics é composto originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No ano passado, outras seis nações tornaram-se membros do grupo de países em desenvolvimento (Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia).

Com ressalvas

O líder russo havia iniciado sua fala agradecendo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “por dedicar tanta atenção à resolução na Ucrânia”. O acordo proposto por Washington, que já foi aceito pela Ucrânia, saiu de uma reunião entre delegações americana e ucraniana sediada na Arábia Saudita, depois de Trump ter inicialmente excluído Kiev das negociações e usado a suspensão de assistência militar e de compartilhamento de inteligência como ferramentas de pressão contra Volodymyr Zelensky.

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“Concordamos com as propostas para cessar as hostilidades, mas partimos do fato de que essa interrupção (dos combates) deve ser de forma a levar a uma paz de longo prazo e elimine as causas originais desta crise”, foi a ressalva de Putin a repórteres.

Putin, que na quarta-feira visitou a região de Kursk para exigir mais rapidez das tropas russas para retomar o território dos ucranianos, disse que não discorda da proposta americana, mas fez uma série de questionamentos.

“A ideia do cessar-fogo em si é correta e nós certamente a apoiamos, mas há questões que precisamos discutir. Por que eles precisam de 30 dias? Para a mobilização ou fornecimento de armas para a Ucrânia? Não está claro como a situação vai se desenvolver em Kursk e outros lugares. Quem irá controlar o cessar-fogo? São 2 mil quilômetros de frente de batalha”, perguntou.

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Analistas afirmam que o líder russo vai tentar usar o acordo para alcançar seus próprios interesses. Nesta sexta-feira, Zelensky alertou que Putin “vai manipular” o cessar-fogo.

O que Putin quer?

Os principais objetivos do líder russo continuam sendo os que ele declarou quando lançou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. São eles: Kiev nunca deve se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), encolher drasticamente seu Exército e proteger a língua e a cultura russas para manter o país na órbita de Moscou. Além disso, também quer que os ucranianos retirem totalmente as suas forças das quatro regiões que Moscou pretende anexar (cerca de 20% do território do vizinho).

As autoridades russas também adiantaram que qualquer acordo de paz deve envolver o descongelamento de ativos russos em bancos na Europa e nos Estados Unidos, bem como o fim das sanções ocidentais contra o país. O governo do presidente americano, Donald Trump, já colocou na mesa um possível alívio ao bloqueio econômico.

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Em paralelo, Putin enfatizou a necessidade de “remover as raízes da crise”, uma referência à demanda de retirar forças da Otan de perto das fronteiras russas, algo que ele descreve como uma grande ameaça à segurança da Rússia.

Por fim, o líder do Kremlin exigiu que a Ucrânia realize novas eleições e argumentou que o presidente do país, Volodymyr Zelensky, cujo mandato expirou no ano passado (não houve novo pleito por conta do estado de guerra), não tem legitimidade para assinar um acordo de paz. Trump ecoou a visão de Moscou.

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