Número de mortos por coronavírus na Espanha passa de 10.000
País registrou um recorde de 950 mortes nas últimas 24 horas; número de casos aumentou cerca de 8% em relação à quarta-feira
O número de mortos pelo coronavírus na Espanha superou a marca de 10.000 após um recorde de 950 mortes nas últimas 24 horas, disse o Ministério da Saúde do país nesta quinta-feira, 2.
O número de casos registrou um aumento de cerca de 8% em relação à quarta-feira 1º, para 110.238, disse o Ministério. O total de óbitos aumentou por 10 em menos de duas semanas, desde 20 de março, no segundo país do mundo com mais mortes por causa da Covid-19, atrás apenas da Itália.
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Clique e AssineO aumento diário proporcional, contudo, vem desacelerando nos últimos dias. “Os dados demonstram que a curva se estabilizou e que atingimos o primeiro objetivo de chegar ao pico da curva. Estamos começando a fase de desaceleração da epidemia”, explicou o ministro da Saúde, Salvador Illa, ao apresentar uma avaliação global dos dados desde a semana passada.
O número total de mortes alcançou 10.003, aumentando em pouco mais de 10%, taxa similar registrada no dia anterior. Mais de 6.000 pessoas estão internadas em unidades de cuidado intensivo (UTIs), mostraram os dados.
São ao menos 26.000 curadas, quase 4.000 a mais que na quarta-feira. As regiões mais afetadas continuam sendo Madri, com pouco mais de 40% das vítimas fatais (4.175), e Catalunha, que superou a barreira de 2.000 mortes (2.093).
As duas regiões estão com as emergências de vários hospitais saturadas pelo intenso fluxo de enfermos, o que forçou, de acordo com vários depoimentos, a restringir as internações e privilegiar as pessoas com melhor histórico clínico.
“Sei que estão passando provavelmente pelo momento mais difícil de sua carreira profissional”, disse o ministro Illa aos profissionais da saúde. “Ainda restam semanas difíceis para nosso sistema de saúde”, completou.
Os espanhóis estão confinados desde 14 de março, por decreto do governo, e a medida deve prosseguir pelo menos até 11 de abril. O país interrompeu nesta semana e na próxima as atividades “não essenciais”, o que reduziu ainda mais os deslocamentos da população.
(Com Reuters e AFP)