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Novo Parlamento da Groenlândia se reúne pela primeira vez em meio às ameaças de Trump

Reunião segue anúncio de formação de coalizão que abrange grande parte do espectro político e representa 23 dos 31 assentos parlamentares

Por Sara Salbert Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 abr 2025, 17h44 - Publicado em 7 abr 2025, 16h58

Após o anúncio de uma ampla coalizão governamental há poucos dias, o novo Parlamento da Groenlândia se reuniu pela primeira vez nesta segunda-feira 7 em meio às ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma possível tomada de controle da ilha ártica.

A coalizão, que abrange grande parte do espectro político, representa 23 dos 31 assentos parlamentares. Jens-Frederik Nielsen, de 33 anos, assumiu o cargo de primeiro-ministro da Groenlândia no final do mês passado, tornando-se o mais jovem a ocupar a posição.

“Nunca foi tão importante ficarmos juntos por nosso país e governança estável. É por isso que estou feliz com essa ampla coalizão com 75% dos votos”, disse Nielsen, de acordo com a emissora groenlandesa KNR.

Na semana passada, Nielsen afirmou que a Groenlândia fortaleceria os laços com a Dinamarca até que a ilha do Ártico pudesse se tornar independente, chamando o país de “parceiro mais próximo da Groenlândia”. 

A Groenlândia é uma antiga colônia dinamarquesa e é um território desde 1953. A ilha ganhou alguma autonomia em 1979, quando seu primeiro Parlamento foi formado, mas Copenhague ainda controla relações exteriores, defesa e política monetária e fornece quase 1 bilhão de dólares por ano para sua economia. Em 2009, seus moradores ganharam o direito de declarar independência total por meio de um referendo, mas ainda há muita preocupação de que os padrões de vida cairiam sem o apoio econômico da Dinamarca.

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Na semana passada, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, viajou à região para um encontro com Nielsen, que anteriormente definiu como “altamente agressiva” a ida na semana passa do vice-presidente americano, J.D. Vance, à região semiautônoma pertencente ao reino dinamarquês.

A última vez que Frederiksen esteve na Groenlândia foi em março de 2024, acompanhada da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Ao aterrissar, a premiê afirmou que “quando a Groenlândia está em uma situação difícil, o reino da Dinamarca e a Europa também estão em uma situação difícil”.

“Independentemente das discussões que possamos ter no futuro sobre nossa comunidade, está claro que, com a pressão dos americanos sobre a Groenlândia em relação à soberania, às fronteiras e ao futuro, devemos permanecer unidos”, acrescentou ela, em crítica direta a Trump. “Os EUA não tomarão a Groenlândia. A Groenlândia pertence aos groenlandeses e os EUA não tomarão a Groenlândia. E essa é, claro, também a mensagem que diremos coletivamente nos próximos dias.”

A passagem de Frederiksen ocorre em meio a rumores de que o governo dos EUA está analisando quanto custaria assumir a Groenlândia. Segundo o jornal americano The Washington Post, o escritório de orçamento da Casa Branca tem elaborado uma estimativa de quanto potencialmente seria a receita obtida com seus recursos naturais. Para controlar a ilha, os Estados Unidos ofereceriam um valor maior em subsídios, de cerca de £ 500 milhões por ano (mais de 3,6 bilhões de reais), o que representaria um valor maior que o liberado pelos dinamarqueses.

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