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Nos EUA, Twitter e TikTok lideram propagação de fake news, diz relatório

Documento produzido por instituto americano aponta que os algoritmos das redes contribuem para a disseminação de uma "mentira bem elaborada"

Por Matheus Deccache 14 out 2022, 14h49

O grupo de advocacia Integrity Institute publicou, nesta semana, um relatório que mostra o quanto as redes sociais amplificam a desinformação e outros conteúdos nocivos, com a promessa de atualizações semanais até as eleições de meio de mandato dos Estados Unidos, em 8 de novembro. 

O documento inicial apontou que uma “mentira bem elaborada” terá mais engajamento do que um conteúdo verdadeiro e que alguns recursos de sites de mídia social e seus algoritmos contribuem para a disseminação de notícias falsas.

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De acordo com o relatório, o Twitter é a rede social que mais favorece a desinformação, uma vez que tem o que o instituto chamou de “grande fator de amplificação de fake news”, em grande parte porque permite que seus usuários compartilhem qualquer tipo de conteúdo de maneira rápida e fácil. Ele foi seguido pelo TikTok, que usa modelos de aprendizado de máquina para prever o engajamento e fazer recomendações aos seus usuários. 

“Vemos uma diferença para cada plataforma porque cada uma tem mecanismos diferentes de viralidade. Quanto mais mecanismos existem para a viralidade na plataforma, mais vemos a desinformação obtendo distribuição adicional”, disse o ex-diretor de integridade do Facebook e fundador do Integrity Institute, Jeff Allen, ao jornal The New York Times

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A organização calculou suas descobertas comparando postagens que membros da International Fact-Checking Network identificaram como falsas com o engajamento de postagens anteriores que não foram sinalizadas nas mesmas contas. Foram analisadas quase 600 postagens verificadas em setembro sobre vários assuntos, incluindo a pandemia de Covid-19, a guerra na Ucrânia e as próximas eleições americanas.

Dentre as redes analisadas, o Facebook é a rede social com o maior número de casos de desinformação. No entanto, seu alcance é bem menor do que o Twitter e o TikTok devido, em parte, à sua dificuldade de compartilhamento de postagens, que exige mais etapas. Apesar disso, segundo o instituto, seus recursos mais recentes são mais propensos a amplificar a propagação de notícias falsas.

A organização planeja atualizar suas descobertas para rastrear como a amplificação flutua, especialmente à medida que as eleições de meio de mandato se aproximam nos Estados Unidos. A desinformação, segundo o documento, é muito mais provável de ser compartilhada do que conteúdo meramente factual.

“A amplificação da desinformação pode aumentar em torno de eventos críticos se as narrativas se estabelecerem. Mas elas também podem cair se as plataformas implementarem mudanças de design em torno do evento que reduzam a disseminação de fake news”, aponta o relatório. 

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