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Nevasca nos EUA já matou 30 pessoas, deixando outras 3 milhões sem energia

Tempestade que já dura uma semana sairá do país em direção ao Canadá apenas para ser substituída por outra; falta de energia pode durar mais alguns dias

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 13h38 - Publicado em 17 fev 2021, 12h03

A nevasca que atinge as regiões sul e central dos Estados Unidos desde a semana passada acumulou 30 óbitos no país nesta quarta-feira, 17. Falhas na malha energética também deixaram ao menos três milhões de pessoas sem energia só no Texas, estado mais afetado pelo clima ártico.

A demanda por eletricidade aumentou por conta da queda nas temperaturas, colocando o sistema sob pressão. Ao mesmo tempo, muitas usinas texanas movidas a gás pararam de funcionar devido à escassez de combustível, enquanto turbinas eólicas congelaram.

A empresa Austin Energy, que atende a capital do estado, disse que seus clientes devem estar preparados para não ter energia até possivelmente quinta-feira. Sem eletricidade, os moradores não podem usar aquecedores, essenciais diante do frio extremo.

Outras redes regionais separadas no sudoeste e no meio-oeste também enfrentaram apagões. No Oregon, mais de 160.000 pessoas continuam sem energia. Outras dezenas de milhares passam pela mesma situação em Kentucky, Virgínia Ocidental e Louisiana, de acordo com PowerOutage.us, site que rastreia quedas na eletricidade.

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A tempestade deve sair do país em direção ao Canadá ainda nesta quarta-feira, mas apenas para dar lugar a uma outra. Mais de 100 milhões de americanos estão sob algum tipo de alerta relacionado ao clima de inverno, segundo o Serviço Meteorológico Nacional.

No Texas, é esperado um acúmulo de gelo e de três a sete centímetros, que junto à falta de energia gera preocupações sobre o aumento no já alto número de mortos – 30 desde a semana passada.

Em alguns lugares do país, como o Nordeste e o Centro-Oeste, habitantes viram nevascas de 2,5 a 5 centímetros por hora na terça-feira 16, e o Serviço Meteorológico Nacional registrou mais de trinta centímetros de neve em Chicago, no estado de Illinois, desde a noite de domingo.

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A crise soou um alarme para sistemas de energia em todo o país. À medida que mudanças climáticas se aceleram, muitas redes enfrentarão situações tão extremas quanto esta, que exigem muito mais do que esses sistemas foram projetados para fazer. De acordo com o jornal americano The New York Times, a malha energética do país corre risco de falha “catastrófica” e generalizada.

Uma solução pode ser tornar as redes mais robustas. Turbinas eólicas podem ser equipadas com aquecedores, para evitar congelamento, usinas de gás podem passar a armazenar petróleo no local, para emergências, e com o aumento do preço da energia seria possível construir usinas de reserva. Também há a opção de construir mais conexões entre os estados, para equilibrar o fornecimento de eletricidade.

O principal entrave é que essas alternativas são caras. Mas, como mostra o Texas, apagões também podem ser extremamente custosos. E, segundo o Times, falhas na rede acontecerão cada vez com mais frequência.

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Um estudo publicado na revista científica da Sociedade Americana de Química descobriu que o sudeste dos Estados Unidos pode precisar de 35% a mais de capacidade elétrica até 2050 para lidar com as mudanças climáticas. Custosas ou não, reformas parecem inevitáveis.

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